Angeli Pietro O Exorcismo de Marlon Gayler
Não podia se enganar, Dan não era aquela lagoa tranquila que estava à sua frente, e sim um mar revolto, pronto a passar por cima de quem quer que entrasse em seu caminho.
Os quadros fixos às paredes assemelhavam-se a sentinelas, as estátuas dispostas pelos corredores, semelhantes a vigias. Por várias vezes teve a impressão de vê-las mudarem de posição após sua passagem. Vigiando... Vigiando... Sempre vigiando. [..] Paranoia? Impressão? O monastério dos freis era assim, estava a consumi-lo.
Marlon estava apaixonado, essa era a verdade. Admitira enfim o sentimento que não fora passageiro, a atração que Dan o causava. Ele estava perdidamente apaixonado pelo colega de confinamento, e por isso o coração batia tão rápido quando estavam junto, e cada pequena ligação nervosa respondia de forma unanime.