Ângela Rodrigues Gurgel

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⁠Silêncios
"Em minhas fugas e buscas conheci muitos silêncios.
Aquele que é refugio. Abrigo de muitas saudades. Guardiã de minhas lembranças. Arquivo das memórias mais sagradas.
Já busquei, desesperadamente, o silêncio.
Nele procurava um esconderijo para meus gritos, que de tão fortes, não cabiam nas palavras...
Já fugi do silêncio. É que seus gritos acordavam meus medos e ameaçavam meus segredos...
Gosto do silêncio que aflora meus sentidos e é música para meus ouvidos. Que conversa com minha solidão e sabe de mim mais que as palavras. Do silêncio que revela, na ocultação dos sons, meu mundo de sonhos e desejos.
Silêncio que se faz morada de tudo que vivi ou sonhei viver. Que me acompanha, mesmo quando os barulhos internos/externos são ensurdecedores e ameaçam minha paz.
O silêncio é sempre bem-vindo, pois me renova e me faz perceber, cada vez mais, o valor das palavras.
Gosto do silêncio nascido da paz!"

Mossoró/RN, 31/07/2015

⁠"As mentiras consentidas nascem das verdades desconhecidas"

⁠Que minha sensatez não roube meu direito de cometer alguns desatinos...

⁠Não há liberdade maior do que não precisar (não querer) impressionar ninguém; ser apenas o que é...

⁠Enquanto a derrota(?) do bem repercutir mais que a vitória do mal, haverá um fio de esperança de que a justiça, um dia, prevalecerá. Ainda há uma luz no fim do túnel... Não sofro de "polianite", mas creio no lado bom das coisas/pessoas e continuo caminhando em busca de um lugar onde eu possa abrigar meus sonhos...

⁠Há momentos que o silêncio corta como navalha e a indiferença faz sangrar o coração. Resta-nos segurar firme na mão de Deus, fixar os olhos no horizonte e seguir em frente. Que o amanhã traga de volta a alegria que o hoje tentou roubar...

⁠na calmaria das horas
a saudade é uma demora
urgente de "agoras"...

⁠O sabor das refeições não está, apenas, na escolha dos ingredientes, mas nas pessoas com quem você partilha o alimento.

⁠E descobri, depois de tantos tropeços, que a queda é um excelente momento para descansarmos o corpo e repensarmos nossas escolhas

MÃE É VERBO. DE AÇÃO

Mãe não é uma palavra qualquer.
Não cabe em qualquer definição.
Mãe é verbo. Está sempre em ação!
Mãe é verbo regular
perito em descobrir nossas irregularidades.
Mãe é verbo que só deveria
ser conjugado no presente e futuro.
Mãe não tem limites,
sempre encontra tempo
para “aninhar” todos os filhos.
Mãe é verbo em todas as vozes.
É voz ativa que nos ensina,
voz passiva que ouve nossos silêncios
e aquela voz reflexiva
que seguimos como exemplo...
Mãe é um sem número pessoas
numa mesma mulher.
É tão singular e plural
que no mundo não há outra igual!
Mãe é verbo em permanente estado
de amor, emoção e dedicação.
Ângela Rodrigues Gurgel