Ângela Flores
"Estava andando e por ai pensando, do que será que é feito o azul do céu?
Lendo meus pensamentos, uma voz respondeu-me:
A cor e de onde vem e do que é feito nada importa, o que importa é o significado dele para você.
Mesmo assim, tornei a refletir, de onde tal voz virá e de que maneira soubeste o que pensaste? Seria uma pássaro? ou seria minha mente?
E novamente a voz me disse: A sua alma é clara e pura. Pode-se ser comparada ao azul do céu, sabe-se que é importante para mim. Da mesma maneira que sei que o céu é importante para você. Eu sou a sua vontade de viver, lhe dizendo. Continue, persista e persiga, o céu e o juntamente o mar estão a se encontrar.
E então, prossegui, rumo aos caminhos criados no imenso jardim de terras brilhantes."
"A música esta em mim.
Sento-me, coloco me aposto;
A minha forma de sentir;
Abro a parte superior as teclas,
e deslizo o meus dedos por todas elas.
O som é inebriante, é como uma droga que percorre
todas as minhas veias e me faz sentir tudo que era impossível, se tornar possível;
Mas com o novo deslizar, o novo toque sobre as teclas pretas desta vez faz com que eu sinta o vazio sumir, e o que se tornou possível aumentar no seu lugar.
Meu sangue se move e percorre cada nota. Cada ar.
De Dó a Si, de tons e semi tons.
E neste momento inclino minha cabeça e encaro tudo que há de mais maravilhoso
na música, eu vejo a melodia se escancarar e dominar todo espaço que antes
era escuro e se tornou claro."
"Pedros, existem muitos por aê.
Não se sabe se são "Bandeira", se são Silva Souza ou se são Albuquerque.
O sobrenome na realidade não importa.
Mas mesmo assim, houvesse consciência que em um lugar onde o sol brilha mais cedo, terra que faz parte do berço da civilização e o presente se faz futuro tem um "Pedro" qualquer.
que abriu mão da sua própria mão; abriu mão da sua própria vontade;
abriu mão do seu próprio controle.
E fez da música o seu ponto de partida; o ponto de encontro para tudo que ele abriu mão.
E com a música, sua mão fez o uso próprio do toque aos instrumentos e da poesia.
Sua vontade percorre toda linha escrita e toda nota tocada.
Seu controle o faz mudar, de um "Pedro" qualquer, a um "Pedro Barros".
E agora Pedro?
E agora Barros?
E agora José?
Nada importa, Sendo ele quem ele é agora, não o torna nenhum outro qualquer."
Nem tudo aquilo que presumimos ser, é.
Nem tudo aquilo que amamos, é de fato fiel.
Nem tudo aquilo que recebemos, deveria ser a nós.
Mas o legal da vida, é descobrir nas diferenças e desigualdades
o quanto somos dependentes um do outro e como de fato, somos todos iguais.
O poeta divino escreveu um dia, que as primeiras palavras de um livro é tentar presumir de que sentimento é feito a história e de que maneira ela deve ser expirada.
Desta mesma maneira, presumo eu, nascem os que possuem instintos para a música e a liberdade.
Até porque é a música parceira congênita das letras. É através da melodia que os embaralhados de palavras surgem.
E neste termo, a liberdade entra como primor para a florescência deste conjunto.
Sentindo sua mente vagar em toda esta teoria. Augusto se sentia mais leve
do que o habitual.
Esperava que com este pensamento, tudo aquilo que sonhava encontrar, lhe daria a luz para que caminho seguir.
Mas mal ele sabia, que o caminho estava dentro de si; Dentro do seu coração. A mente só fazia o seu papel de demonstrar o que ele sentia em fracções de segundos em teorias e imagens distopias.
Mas um dia em um sono leve. Seu coração pulsou mais forte e ao abrir os olhos. Ele avistou tudo aquilo que sempre almejou: A luz, o caminho, a música e as letras.
E nunca mais ouviu-se falar de Augusto. Mas todos que caminham por aquelas bandas de Soar, dizem que ainda escutam o tons musicais ecoar pelo vento e a poesia se formar entre as nuvens!
Existe algum tempo útil, para aqueles que gostam de sonhar?
Existe uma melhor para palavra para quem gosta de viajar, do que "Divirta-se"?
Existe palavras não gratas para aqueles que são amantes das letras?
São perguntas relativas, para quem se importa com resultados.
Mas o importante mesmo, é fazer destas perguntas seu ponta pé inicial para seguir tudo aquilo que deseja. Não importa se ela é de fato real ou não!
-- Augustt, Augustt - uma voz o chamava.
Estou aqui - respondeu ele.
Onde? Nao consigo te ver. - a voz lhe gritou novamente.
Eu estou te vendo. Estou próximo a ti. - Augustt disse.
Mas como se eu não te vejo ? - a voz disse em um tom de tristeza.
Assim Augustt continuou a tocar. E a voz ouviu o que seria possível para vê-lo.
"Assim diz a cancão, somente os puros e que deixam a musica abrir a porta do seu coração podem ver o verdadeiro paraíso."
Ana Paula, fingia que não sabia.
Fugia dos que queriam conhecer a sabedoria.
Ouvia menos a cada dia.
Se fechava no seu mundinho de teorias.
Mas um dia, um belo e claro dia.
A prática da vida resolveu bater em sua porta.
O susto foi tão grande, que Ana Paula procurava em meio as suas teorias o que poderia fazer para espantar a tal da Prática da vida.
Desesperada ela se via cada vez mais próxima a porta. E neste imã que a puxava para uma nova vida, ela sabia que não conseguiria ter controle nenhum sobre si.
Mas a vida é assim. Para ser vivida sem controle nenhum.
A vida é para aqueles que estão de corpo e alma vivos.
Com glóbulos de sangue avermelhados nas veias, pulsando por mais do que já tinham vivido, Ana Paula foi acolhida ao que a vida chama de dia à dia.
Às vezes eu sento no banco do praça.
Observo as pessoas, andarem de lá para cá.
Umas sorriem, outras de cara amarrada e outras sem expressão alguma.
As crianças parecem ser seres de outro mundo.
Estas sempre estão com a mesma expressão no rosto, sonhando.
O engraçado que sonhar quando se é adulto torna-se tão complicado.
Se não sonhamos caindo de algum lugar, sonhamos estar sendo perseguido por alguém.
E na realidade os sonhos nem tem o mesmo nome. Acordamos e dizemos: Hoje eu tive um pesadelo.
O nosso sonhar hoje é pousar nossa cabeça sobre a cama e ao acordar, não se ter lembrança alguma na mente. Uma imensidão branca sobre a cabeça. E dessa maneira acordamos felizes.
As crianças não. Elas estão sempre sonhando. Mesmo estando acordadas ou dormindo. Sonham em brincar o dia todo, sonham estar arrodeada de doces da padaria. Sonham em ter os pais ao seu lado o dia todo.
Ao levantar do meu banco, eu percebo.
Hoje eu também não sonhei. Mas o meu sonho agora é uma meta.
Seguir em frente sorrindo sempre!
O vento leva e traz os sons que percorrem todos os lugares. Os sons normalmente são novos, mas outros são velhos conhecidos.
E neste vai e vem de novos e velhos sons descobriu-se onde se encontrava um menino pequenino que se encontrava perdido.
Ha muito tempo não se havia mais falado deste menino que sempre demonstrava no olhar um brilho de viver e de sonhar.
Pedrinho como era chamado pelos Arcádios estava em um chale dentro da floresta de Arcádia codinomificada por magica.
E dentro daquele chale Pedrinho fazia o que ninguém soubesse que fazia: Tocar!
Notas e mais notas sobrevoavam sua cabeça e todo o espaço daquele lugar que demonstrava ser realmente magico. Ao mesmo tempo que eram uns emaranhados de notas juntas e misturadas elas se alinhavam formando uma melodia forte e doce.
E desde então, Pedrinho que não era mais perdido, não ficou um dia seguer sozinho. A sua melodia que era diferente a cada dia encantava não só os animais que eram seus fieis espectadores mas formava uma outra orquestra de espectadores arcadianos na floresta azul do conto dos mágicos.
É possível se apaixonar por alguém que você nunca viu?
É possível se apaixonar por apenas palavras?
É possível se apaixonar sem o brilho do olhar?
É possível se apaixonar sem o toque, sem cheiro, sem o respirar?
É possível? sim, é possível.
E não sendo diferente desse sentido, Deus é a prova disso!
Eu já vivi por dias esperando que em um momento tudo se torna-se real. Torna-se real tudo aquilo que eu sonhava, me inspirava, suspirava e pedia.
Pedia que o vento a cada dia, me desse força para suportar o momento da espera.
Uma espera grande; Como se eu estivesse sentada, totalmente imóvel dentro de uma grande sala para embarque e desembarque.
Somente observando o vai e vem de pessoas. Indo e vindo. Subindo e descendo.
E em mim surgia apenas expectativas e sonhos. A cada piscar de olhos, a minha mente se remediava ao encontro das luzes que meu cérebro transmitia criando caminhos brilhosos gravados em sangue em neurônios e tudo se passava em milésimo de segundos.
Ao abrir os olhos, novamente uma nova expectativa eu encontrava.
Mas eu sabia, que um dia, seria a minha vez de ser chamada. Me levantaria e percorreria o caminho que haverá escolhido por aquele que esta acima de nós e de tudo. Por aquele que escreveu o seu nome em letras chamuscadas de ouro resplandecente.
E esse momento chegou. O momento é o hoje. O Agora.
Querendo ser aquilo que deixo as pessoas mais calmas e mais sublimes. Saiu por ai emitindo como ondas sonoras canções para celebrar a vida.
- Vamos lá, Vamos lá Cory
Toca para nós! Toque para todo o mundo!
Mas ele não, ele queria somente tocar para seus pais. Aonde quer que eles estariam, vão me ouvir e irão me encontrar.
Disse Pedro: - Escute os sons...eles estão em todo lugar. Repare, o barulho do vento quando ele forma uma pequena canção através da brisa que percorrem as pessoas. É essa canção que nos embala. E sem saber, é dessa forma que além de nos sentirmos resfrecado, nos sentimos livres!