Andréia Divensi
Quem me viu a três meses atrás, e quem me vê agora não me reconhece mais. Quem iria imaginar que um dia eu iria falar que estava apaixonada por alguém? Isso vai contra tudo o que eu pratiquei a minha vida inteira.
E agora, estou aqui escrevendo pra você, meu amor. Pra você, que é a pessoa mais importante que eu encontrei até hoje, que eu abriria mão de qualquer coisa, que eu deixaria tudo pra trás. Foi você quem me ensinou que amar é muito mais do que um sentimento, que é muito mais do que fazer demonstrações fofas. Amar é estar junto mesmo na distância, é conhecer junto com um outro alguém o que você não conhece da vida, é ter dúvidas mas acreditar sempre um no outro, é ter carinho, amizade, e a vontade de construir uma única história.
Você era a última pessoa no mundo que eu esperava me apaixonar, mas a única que eu tenho certeza que seria impossível não amar.
Como eu me sinto? Me sinto incompleta, vazia. Como se o que eu precisasse para preencher esse espaço não existisse. Me sinto quebrada, apesar de saber que eu nunca fui inteira. Me sinto repleta de memórias que já deveriam ter sido apagadas por mim há muito tempo. Me sinto uma incógnita sozinha no meio de tantas outras. Uma que possuia um valor e que nunca foi percebida. Mas isso importa?