Andreh Martins
De dentro do peito nenhuma informação se tem
E os exames mais sofisticados e toda tecnologia não conseguem dizer quais são os reais sentimentos
As palavras se calam e ostracisando se ela segue...
Poderia ser e é uma das mais belas pérolas
Mas sua beleza poucos conseguem ver.
Bastava no entanto que somente ela enxergasse
Somente ela ouvisse
E vivesse...
Tem em suas mãos o poder de viver tudo que de belo há, mas só existe atrás da casca dura e turva que impede a luz e a vida de raiar
E apesar das flechadas de risos, histórias engraçadas, beijos e abraços de amor deferidos a ela, parece que nada a poderá libertar
Nada poderá alcançar os segredos do coração dolorido,
Do amor enclausurado
Pois esta flor que não desabrocha
Em sua frente conta com uma muralha, impenetrável e intransponível
Fazendo fronteira entre o cinza e o colorido
E eis que com muita sutileza
Com uma química sem igual
Toda casca com sua força e grandeza, se rende ao toque do amor real
E confunde todo intelecto
Torna Visível o invisível
O sonho em projeto
Faz ver que existe vida lá fora
Traz o colorido para dentro
Destruído está o que ocultava a beleza
O que impedia de contemplar a beleza da flor, já não impede mais
Então inicia se uma linda história de vida
Cheia de gratidão e paz
Vida!
Vida que está la fora
Mas que vive aqui dentro.
Ele se ergue imponente
Traz consigo o novo, uma nova esperança
Faz raiar em toda a gente força, fé e confiança
E o que era triste sem luz
fazum novo dia, e com autoridade
Toma pela mão, segura firme e conduz
Para a luta do dia a dia, ele dá energia, disposição e dá vontade
Gostoso é bem cedinho pegar um copo de café
E contemplar este gigante se pôr em pé
Sentir-se recarregando, energizado energizando-se
E ver que mesmo com todo seu esplendor, todos os dias ele Vem me renovar
Mesmo que seu brilho tentem ofuscar
Não existe nuvem, sombra ou clima ruim
Que possa por muito tempo ou em todo lugar
Impedir ou controlar
O rei do sistema solar
Então eu saí saí com um só pensamento Navegar por onde o vento me levar
Deslizando nas maiores ondas que a vida apresentar a mim
Sai!
Deixei lá as tristezas desamor e incertezas
Trouxe na mala a amizade os aprendizados e a saudade
Saudade dos momentos felizes de trabalho suor sorrisos fáceis e verdadeiros
Dá comida boa que alimentava o corpo e a alma
Saudade do abraço gostoso da fala alta e do café à vontade
A vontade que dá é de estar lá de novo
Falando minhas bobagens só para ver o sorriso no rosto do povo
Que pena que hoje não é outrora
Vou tentar seguir em frente carregar o que foi bom na mente
E focar em viver o agora.
Só posso agradecer e seguir...
Sai pela mata, pra descobrir o que há de belo
Coloquei em minha bagagem o que de bom eu conquistei
No caminho encontrei cachoeira, encontrei belas árvores, paisagens borboletas, passarinhos.
A distração tomou conta, me fez por um instante só pensar no prazer
Esqueci dos problemas
Esqueci das dores
Esqueci das subidas e descidas
Esqueci uns amigos
Esqueci de mim
Esqueci de Deus
Preciso voltar para casa
Frequentemente me lembro do peso do galão de água, dos cortes e ralados que eles fazia em meus ombros, para chegar ao destino era necessário ao menos três paradas... Para ajeitar a posição, trocar de ombro ou para só descansar mesmo.
A distância entre a mina d'água e nossa casa era de aproximadamente um quarteirão em subida bem ingrime, lembro que mesmo os adultos davam umas paradinhas no caminho rsrsrs,
Por várias vezes pensei em desistir, "não vou mais levar esse balde pesado dizia eu"...
"Minhas mãos estão doendo, meus ombros estão doendo, não quero mais".
Aquele balde d'água, propunha algumas coisas lá em casa, era para lavar a louça, para cozinhar o arroz delicioso que minha mãe fazia com feijão, salada de folha de batata doce especialidade do meu pai e quando tinha, carne.
As vezes a quantidade de agua tinha que ser maior para o banho.
O bônus era maior que o ônus e nós sabíamos disso! Então meus dois irmãos mais novos e eu nunca falhamos na missão, "missão dada missão cumprida!"
Me lembro quão bom era quando minha mãe chegava e fazia pipoca, sentavamos no sofá para assistir caverna do dragão, GoGoV (gogofive) ou Jaspion eram nossos prediletos!
Infância deliciosa.
Acredite você ou não, enquanto escrevo acabei de ouvir minha mãe perguntar aos seus netos se eles querem pipoca...
Isso é fantástico!
Quando me pego pensando se devo largar o balde por estarem pesados, ou simplesmente por ser atraído pela vontade de brincar lá fora, me lembro do quanta de coisa boa que a água limpa da mina nos proporciona, então percebo que não podemos viver sem eu chegar em casa com os galões, hoje muita gente precisa dessa água, Os queridos que a mim foram entregues para eu zelar, tem muito em jogo.
Então vejo o quanto de satisfação me traz ombros ralados e mãos calejadas, percebo que o sorriso e comida a vontade em casa não tem dinheiro ou esforço que pague.