Andrea Ramal
Quando família e escola educam com os mesmos critérios, as diferenças entre os dois ambientes se reduzem, e quem ganha é a criança.
A educação é um processo que continua ao longo de toda a vida, mas os pilares estão na educação da família e da escola.
A presença na vida escolar é uma expressão de amor. É hoje e agora que o futuro do seu filho se constrói.
Os benefícios da participação dos pais na vida escolar não estão relacionados a morar na mesma casa; importa a qualidade do tempo que pais e filhos passam juntos.
É preciso que a escola esteja aberta à colaboração da família, para que o diálogo se construa de forma produtiva.
Para aprender, é preciso mobilizar não só o intelecto, mas também a memória, a motivação, a imaginação.
Se a escola é o lugar da formação da cidadania, não se pode aceitar uma sala de aula opressora, onde o professor é o dono do saber e o aluno não tem voz.
Renovar a escola e tornar o ensino atraente não significa educar de um modo espontâneo, sem método nem normas.
Educar implica ensinar a lidar bem inclusive com atividades de que a criança não gosta, mostrando que o esforço pessoal seguido de bons resultados também dá prazer.
Escola com sala de aula atraente e motivadora não significa escola desorganizada, sem método e sem limites.
Diálogo e afeto, uma didática que motiva e o estabelecimento de limites claros são ingredientes essenciais para uma educação equilibrada.
Quem ama educa, e a educação passa também por estabelecer limites; a escola e os pais precisam estar em sintonia e se apoiar mutuamente nesse processo.
Uma experiência de aprendizagem não passa apenas pelo lado cognitivo: ela mobiliza desejos, memórias, lembranças, expectativas.
Um processo educacional adequado equilibra a motivação e o prazer de aprender com uma organização clara, método e normas que fazem sentido.
Uma boa escola deve ter como proposta a formação integral, entendendo o aluno de um modo completo e global.
Ao educar alguém, você contribui, querendo ou não, para um determinado modelo de sociedade e de mundo.
No mundo das tecnologias, o papel do professor será mais valorizado, como formador na ética e na cidadania, o que nenhuma máquina pode fazer.
Para melhorar a educação de um país não basta treinar os alunos para fazer provas, é preciso cuidar das desigualdades sociais e econômicas.
Se o currículo das escolas levasse a uma abertura do pensamento e a uma navegação livre pelo conhecimento, será que iria ser chamado de “grade curricular”?