André Vianna
Sou seu enquanto conto
Enquanto canto baixo
Quieto num canto
Enquanto houver versos
Inversos a dor
Enquanto houver cantos
Avessos ao sofrimento
Enquanto você for a poesia
Escrita em universos
Com ou sem rimas
Eu sempre serei seu
Do Nosso Amor
Não sonhe, mulher, em tentar viver sem mim
Sou teu mastro, sou teu lastro, sou teu norte
Seu trevo de quatro folhas, toda boa sorte
Numa vida de negativas sou o teu único sim
Não sonhe, mulher, em tentar sonhar sem mim
Já que nesta vida não há mais nada que importe
Não há corpo ou alma que tanto amor comporte
Não há sonho para você sem o meu amor, enfim
Não sonhe, mulher, em tentar amar sem mim
Nosso amor não é passageiro ou transitório, é forte
Sou teu amor de todas as vidas a todas as mortes
Do choro do nascimento ao suspiro do fim
Me tem em tanta estima que não consegue ver
O quão menos precisa de mim que eu de você
Anjo
Existe um anjo
A quem observo
Venero
A ela me dedico
Entrego tudo que possuo
Apenas meus versos
O que a vida me nega
A imaginação licencia
Existe um anjo pousado em minhas palavras
Nas suas asas repousam meus sonhos
Uiva o Lobo
Em um canto triste
Odes a sua amada
A lua
O que nasceu no etéreo
Não deve ser consumado
Mas consome
Brilha a lua
Como quem diz:
Não chore. Sou sua.
O lobo não entende
Não pode. A dor cega.
Sofre ele. Sofre ela.
E o Lobo uiva...
Incompleto
Sem você
Sou eterno não ser
Plenitude ao avesso
O infinito com fim
O fim sem meios
Sem você sou só (eu)
O poeta
Anjo consignado ao Mundo
- à Vida -
Prelúdio dos Céus
O Poeta
Dimensões paralelas
(i)realidades alternativas
Multi-verso & prosa
O poeta
Decantando o desencanto
Em química elementar
Sedimentando...
... Poesia
Acordou cedo como de costume. Até então, acreditava que aquele seria um dia como qualquer outro. Levantou-se. Acendeu seu cigarro. Pela janela percebia entrar a luz do Sol, mas por algum motivo, ela não estava como antes. Puxou um pouco a cortina para o lado e constatou, atônito, que algo estava absurdamente fora de ordem: O Sol estava verde! Verde! O efeito da luz esmeralda sobre os edifícios e a paisagem em geral era um espetáculo incrível, pelo menos foi, durante alguns minutos. Depois a novidade já havia passado. Veio o tédio. Resolveu fazer um café e assistir qualquer coisa na televisão.
Dona da Saudade
Ela tem olhos de mar aberto
Profundidade que não se mensura
Herdou dos Deuses, em seus lábios,
O além da eternidade, o infinito
A alma é trajada de lua
E ornada por mistérios
Ela é como um avatar celeste
Consignado a mim sem explicação
Tantas das minhas vidas irão passar
Antes que eu possa traduzi-la
Dicotomia Poética
Digo adeus à inspiração
E na triste partilha do desamor
Comigo ficam as palavras
Com ela a poesia
Do Poço: O fundo e a borda
O desafio não esta em sair do fundo do poço, apesar de todas as dificuldades, o caminho a ser seguido para a salvação é óbvio: Para o alto, sempre.
Ao se chegar a borda é onde começa o problema. Afinal, o homem que sai do poço – inexoravelmente – esta a beira do abismo.
Adiante o horizonte o encara como uma esfinge guardiã de uma infinidade de destinos possíveis. As suas costas, a queda.
Seguir, paralisar, voltar, norte, leste, oeste... O verdadeiro desafio se apresenta.
A Eternidade
Nem toda a ciência pode explicar
Ou a consciência conceber
A tempestade dos seus sentimentos
Na serenidade manifesta do seu ser
- É um delicioso paradoxo -
Vendo o infinito nos seus olhos
Descortina-se a eternidade
Desvenda-se divindade terrestre
Apresenta-se deidade celeste
Sua alma é a morada de Deus
Meu Amor
"Vida e Morte é um ciclo de aprendizagem e crescimento. E a dor intrínseca a esse processo é uma brevidade quando posta em contraste com a eternidade em Deus."
O Bem e o Mal são parâmetros estritamente humanos. A natureza não guarda este tipo de distinção. O cervo não julga o leão como um agente do mal, assim como a galinha não demoniza a raposa.
Toda definição é reducionista e limitadora. Ela sujeita um elemento a uma determinada condição. Assim sendo, qualquer tentativa de explicar Deus é falha. Afinal, Deus não se sujeita; não se reduz; não se determina; não se limita:
Deus é incondicional.
Toda definição é reducionista e limitadora. Ela sujeita um elemento a uma determinada condição. Assim sendo, qualquer tentativa de explicar Deus é falha. Afinal, Deus não se sujeita; não se reduz; não se determina; não se limita:
Deus é incondicional.
Levianamente o Homem assume como mal tudo aquilo que não atende as suas expectativas, mesmo que os seus próprios atos não justifiquem um fim melhor.
O Bem e o Mal são parâmetros estritamente humanos. A natureza não guarda este tipo de distinção. O cervo não julga o leão como um agente do mal, assim como a galinha não demoniza a raposa.
Vida e Morte é um ciclo de aprendizagem e crescimento. E a dor intrínseca a esse processo é uma brevidade quando posta em contraste com a eternidade em Deus.
Levianamente o Homem assume como mal tudo aquilo que não atende as suas expectativas, mesmo que os seus próprios atos não justifiquem um fim melhor.
Dama da Noite
Ela é a filha da Lua
E herdeira do seu brilho
Luz celeste trajando pele morena
Despida de todos os medos
Guardiã do conhecimento dos sábios
E da Magia mansa dos prazeres
Seu caminho só a ela pertence
Ela o segue, mas não anda, flutua
À luz prateada da sedução
Luxúria
O teu sorriso veste o desejo
O caminhar destila paixão
- Indistinta malemolência -
Tua tez morena é a tela da tentação
É o destino dos olhos lascivos
Do querer incontido
Desavergonhado
É a perdição
E o paraíso
Independente da religião que você professe, ou da falta dela, de um modo geral somos todos mais tolerantes em épocas natalinas. Mais suaves. Somos mais gentis com as limitações alheias e indulgentes com as nossas próprias. Enfim, tornamo-nos verdadeiramente homens de boa vontade.
É pena que tanto sentimento se esvaia na brevidade da manhã de Natal.
Quando o espirito de exceção desta época tornar-se a regra, enfim a humanidade se aproximará do que Jesus nos propôs. Sim, porque o Mestre nunca disse “sejam vocês perfeitos”, Ele pediu amor ao próximo e perdão... Todo o resto são alegorias.
Boas Festas.