André Luiz Santiago Eleuterio
Quem Te Fez Sofrer Está Colhendo em Silêncio
Tem gente que te machuca e depois segue a vida como se nada tivesse acontecido. Algumas dessas pessoas até postam fotos sorrindo, mostrando conquistas, vivendo novas fases, como se o mal que fizeram não deixasse marcas em ninguém. Mas o que elas não mostram — e talvez nunca mostrem — é que estão colhendo, no silêncio, tudo o que plantaram. Porque a vida cobra. E cobra de um jeito que não precisa de plateia.
Quem te fez sofrer está pagando. Só não está postando.
A justiça da vida não faz alarde. Ela age no invisível. Age no travesseiro de noite, quando ninguém vê. Age nas perdas que parecem coincidência, mas são consequência. Não precisa ser vingança. Não precisa ter revanche. A vida é sábia, tem ritmo próprio, e sabe devolver exatamente o que cada um oferece ao mundo.
Não é fácil lidar com a dor de ter sido enganado, traído, diminuído. A gente sente raiva, sente vontade de mostrar ao outro o quanto ele destruiu. Mas no fundo, a resposta não está no retorno do sofrimento alheio. A resposta está na paz de não carregar mais o peso do que nos fizeram. A resposta está em não precisar provar nada. Porque enquanto o outro gasta energia fugindo da própria consciência, você pode gastar a sua reconstruindo a própria vida.
A verdade é que a vida devolve. Pode não ser no nosso tempo, pode não ser da forma que esperamos, mas ninguém sai ileso do que faz aos outros. Quem fere carrega marcas também. Quem machuca alguém por egoísmo ou crueldade, cedo ou tarde vai sentir o gosto do próprio veneno. Porque o universo tem um jeito silencioso — e certeiro — de equilibrar tudo.
E não, isso não é desejar o mal. É confiar que não somos nós que temos que fazer justiça. O que te cabe agora é se curar. É tirar o foco de quem te feriu e colocar toda a atenção em quem você está se tornando. Porque é aí que mora o verdadeiro poder: em não permitir que o mal que te fizeram defina o seu caminho.
O perdão não precisa ser aceitação. Não precisa significar que tudo bem o que aconteceu. Perdoar é romper o elo com aquilo que te prende. É soltar o que te suga. É deixar ir o que te adoece. Quem te machucou vai lidar com isso da forma que a vida decidir. Mas você não precisa se manter preso a isso. Você merece seguir em frente leve, sem carregar histórias que já não fazem mais sentido.
E enquanto você estiver cuidando de si, saiba que a vida estará cuidando do resto. Aqueles que te feriram estão enfrentando suas batalhas, mesmo que não falem sobre elas. A aparência de felicidade nas redes sociais não conta a história toda. Tem dor que ninguém publica. Tem arrependimento que ninguém confessa. Tem vazio que nem filtro disfarça.
Por isso, não deseje ver a queda de ninguém. Deseje ver a sua própria subida. Deseje paz pra você, clareza, força. Deseje um futuro limpo, com gente que não te machuque só porque pode. Deseje relações que saibam cuidar, que saibam ficar, que saibam retribuir. E a felicidade, essa sim, será sua melhor resposta.
Quem te fez mal vai colher. Mas você? Você vai florescer.
Por Andre Luiz Santiago Eleuterio
Quando você não é prioridade, apenas alívio temporário — por André Luiz Santiago Eleutério
Existe uma dor silenciosa que não grita, mas pesa.
É quando você finalmente entende que não é prioridade na vida de alguém. Só é a zona de conforto. Um lugar de fuga, de descanso, de apoio. Nunca o destino. Só a pausa. E isso corrói por dentro como quem sangra por dentro sem ferida aparente.
Em muitos relacionamentos — amorosos, familiares, até entre amigos — há uma linha invisível entre o cuidado e o uso. Entre o amor e o costume. Nem todo mundo que se aproxima quer ficar. Tem gente que só quer se proteger da própria solidão. E encontra em você um abrigo, um alívio, uma distração. Mas nunca permanece quando a tempestade passa.
Ser zona de conforto de alguém não é ser amado. É ser útil. É ser o ombro procurado na dor, mas esquecido na calmaria. É ser procurado só quando tudo desmorona, mas ignorado quando tudo está bem. E isso é um tipo de abandono silencioso que machuca mais do que ausências completas. Porque a presença parcial engana. Alimenta esperança. Cria laços que o outro nunca teve a intenção de sustentar.
Você se doa, se entrega, se adapta. Silencia vontades, espera mensagens, se alegra com migalhas. Porque acredita que, uma hora, o outro vai enxergar tudo que você faz. Mas ele já enxergou. Só não se importa. Não porque você não tenha valor. Mas porque pra ele, você é funcional, e não essencial. É conforto, e não amor.
Relacionamento tóxico nem sempre vem com grito, briga ou controle. Às vezes, vem com silêncio, ausência, descaso. Vem com aquela pessoa que só lembra que você existe quando precisa. E que desaparece quando você precisa dela. Isso é abuso emocional. É esgotamento disfarçado de cuidado. É desgaste que a gente aceita por medo de perder o pouco que tem, sem perceber que já perdeu muito de si mesmo.
O coração humano se apega fácil ao que oferece calor. Mesmo que seja um calor raso. A gente aprende a se contentar com pouco quando o medo de ficar sozinho grita mais alto que a dignidade. Mas o problema é que se contentar com pouco acaba virando padrão. E ninguém deveria viver de restos emocionais.
Você começa a entender isso quando percebe que está sempre cansado, mesmo sem fazer esforço físico. Que está sempre esperando algo que nunca chega. Que sente saudade de alguém que, mesmo presente, nunca está de verdade. Porque não é ausência de corpo. É ausência de intenção.
O que machuca não é só o abandono, mas o uso. A sensação de ser lembrado apenas na necessidade. De ser companhia nos dias ruins, mas invisível nos dias bons. E isso se repete em ciclos: a pessoa some, volta, diz que sente falta, que precisa de você… e você acredita. Porque quer acreditar. Porque ama. Mas amor sozinho nunca sustentou ninguém.
Não há nada mais cruel do que ser o apoio emocional de alguém que não estaria ao seu lado se os papéis se invertessem. E a gente percebe isso tarde. Quando o cansaço emocional já se transformou em ansiedade. Quando o afeto virou cobrança. Quando o amor virou culpa.
Esse tipo de relação esgota. Esgota a alma, a autoestima, a esperança. E tudo começa com pequenos sinais: o outro não pergunta como foi seu dia. Some sem aviso. Nunca está disponível quando você precisa. Mas exige que você esteja sempre por perto. E você está. Porque se importa. Porque se acostumou a se doar. Mas amor que só vai e nunca volta não é amor. É egoísmo.
Zona de conforto é o lugar onde alguém estaciona quando está perdido, mas nunca decide ficar. E você merece mais do que isso. Merece alguém que escolha estar. Que fique porque quer, e não porque precisa. Que te veja como prioridade, e não como plano B.
A vida já tem dores demais pra gente aceitar esse tipo de vazio. É preciso coragem pra enxergar que alguém só está ao seu lado por conveniência. E mais coragem ainda pra ir embora antes de se perder por completo.
Nem sempre quem te procura quer você. Às vezes, só quer o que você oferece. E essa é uma das verdades mais dolorosas que se pode aceitar. Mas também uma das mais libertadoras. Porque depois que a gente entende, para de se oferecer como abrigo. E começa a buscar quem queira construir junto, não apenas descansar.
10 Lições Valiosas para a Vida.
1.Você sempre será visto como vilão ou vilã quando deixar de agradar alguém.
2.Falarão do seu passado sempre que seu presente for insuportável para eles.
3.Todo mundo gosta de você até que você se destaque ou se posicione.
4.Elimine pessoas da sua vida em silêncio. Elas sabem o que fizeram.
5.Em situações que não te dizem respeito, pense: “Eu tenho mais o que fazer”. Isso poupará seu tempo, energia, saúde e relacionamentos.
6.Quanto mais experiências você adquire e mais repertório você cria, menos sente necessidade de ser compreendido ou incluído.
7.Nunca tome decisões permanentes com base em emoções temporárias.
8.Ter problemas na vida é inevitável, mas ser derrotado por eles é opcional.
9.Só os limites garantem nossa liberdade.
10. Se você não descansar quando está cansado, a vida vai te parar. Não por mal, mas para te devolver a você mesmo.
“Intimidade é Sentir o Coração, Não Só o Corpo”
Intimidade é muito mais do que estar perto fisicamente de alguém. Não se trata apenas de dividir uma cama ou ter momentos de paixão. Intimidade de verdade é quando você consegue dividir o que está escondido lá no fundo do seu coração. São aqueles momentos em que você sente que pode ser quem você realmente é, sem máscaras, sem medo de julgamentos.
É quando você encontra alguém com quem pode compartilhar seus sonhos mais secretos, os medos que te deixam acordado à noite, e as esperanças que nem sempre têm coragem de sair em voz alta. Intimidade é pegar na mão de alguém e sentir que você não está mais sozinho.
Quando o calor do momento passa, quando o riso dá lugar a uma discussão, é ali que a intimidade mostra sua força. Não é sobre querer mais do prazer. É sobre olhar nos olhos de quem está ao seu lado e, mesmo depois de uma briga, sorrir e dizer: “Eu te quero assim mesmo, com todos os seus defeitos.”
Esse é o tipo de intimidade que faz o coração se sentir seguro. Não é algo que acaba quando as luzes se apagam. É algo que cresce com o tempo, e que faz você querer estar ao lado daquela pessoa, independentemente dos altos e baixos.
Intimidade de verdade é sobre aceitar o outro, sem tentar mudar quem ele é. E quando você encontra isso, é como se o mundo ficasse um pouco mais leve, e você finalmente encontrasse um lugar onde realmente pertence.
Tem dores que são só nossas. Não adianta explicar, só entende quem sente. Essas dores podem ser emocionais, físicas ou espirituais, mas todas elas têm algo em comum: a capacidade de nos transformar.
Enfrentar essas dores pode parecer insuportável, mas é nesse processo que descobrimos nossa verdadeira força. A dor nos ensina a ser resilientes, a encontrar forças onde pensávamos não existir e a seguir em frente, mesmo quando tudo parece perdido. É importante reconhecer e aceitar nossa dor, em vez de fugir dela. Somente ao encará-la de frente podemos começar a curar.
Nessa jornada de autoconhecimento, é crucial aprender a confiar em nós mesmos. Enfrentar a dor sozinho pode ser uma oportunidade de crescer internamente e descobrir nossas capacidades ocultas. Ao invés de buscar ajuda externa, concentre-se em ouvir a sua própria voz interior. Meditação, reflexão e tempo a sós podem ser ferramentas poderosas para entender e superar o que está dentro de nós.
Cada um de nós tem a capacidade de superar as adversidades. A dor, por mais intensa que seja, é temporária. Ela nos molda, nos fortalece e, eventualmente, nos leva a um lugar de maior compreensão e compaixão por nós mesmos. Use a dor como uma ferramenta de crescimento e lembre-se: após a tempestade, sempre vem a bonança. Mantenha a esperança viva e acredite no seu poder de superação.
A Imagem que Refletimos
Nos dias de hoje, percebemos uma crescente preocupação com a imagem, especialmente nas redes sociais. Muitas vezes, nos preocupamos excessivamente com a aparência que transmitimos aos outros. No entanto, é importante lembrarmos que fomos criados à imagem e semelhança de Deus. E essa semelhança precisa estar evidente em nossa vida, pois fomos criados para expressar a glória de Deus.
Lembro-me de uma experiência recente que ilustra bem essa situação. Eu estava prestes a comer uma maçã que, por fora, parecia perfeita, sem nenhum defeito. No entanto, ao cortá-la, descobri uma pequena mancha que indicava que seu interior estava comprometido.
Assim somos muitas vezes: por fora, aparentamos estar bem, mas por dentro carregamos marcas, dores, traumas e rejeições. Tentamos mascarar nossos conflitos através de fotos que mostram apenas o exterior, quando na verdade, o que precisamos é de cura, renovo, paz e refrigério para a nossa alma.
Se você se sente machucado, angustiado ou ferido, saiba que o mesmo Deus que disse “façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” pode curar suas dores, sarar seus traumas e enxugar suas lágrimas. Para isso, é necessário ser sincero consigo mesmo e reconhecer as áreas da sua vida que precisam da intervenção de Deus. Só assim você poderá viver uma vida plena, tanto por dentro quanto por fora.
A frase do dia nos lembra: “Quando entregamos nosso interior a Deus, o nosso exterior reflete a sua imagem”. Como está o seu interior? Reflita sobre isso e, se necessário, permita-se ser curado.
André Luiz Santiago Eleuterio