André Cavalcante
O Coração vence até o que é puro
não quero ver
meu afago na dor
ainda mais por amor
não vejo parecer
nem crer
que minha vida findou
pois que vida desabrochou
com um cair em demasia
demasia de dor
corroe a cura
mas jamais pura
vencerá a força do coração
que chora sozinho
que fere o caminho
cicatriza e avisa
que vence sozinho
e enche de crer e de vida
minha paz cedida
pura flor umedecida
de amor,de querer,de fantasia
na dor te vi
no amor me superei
na paz feliz fiquei
nos olhos me estacionei
e quero ter forças
sempre
para te iluminar
e preencher teu caminho
de bençãos
Abrimos os olhos
num gesto simples nos damos
daí bocejamos e deitados
percebemos que acordamos
comunicação é meio assim
das coisas que passam sem nunca terem fim
na nossa mente como um motim
que aprende a tudo, timtim por timtim
olhem para o quadro negro
falando-se negro, olhando-se verde
as pessoas se confundem
e antes que se aprofundem...
...o cérebro já entendeu
no espaço que vivemos
comunicar-se por cores,gestos,palavras
aproveitar tudo que aprendemos
triste é quando se entende
e dificulta-se no comunicar
o cego que ao olho se prende
e o mudo não pode falar
comunicar para viver
numa grande sociedade
associado a sua cultura ter
diferente personalidade
pois se tudo fosse igual
não haveria comunicação
pois tudo seria formal
sem necessitar transmissão
transmitir é comunicar
assim os seres vivem
pois quando estão com dúvida
abrem a boca e dizem:
"-Preciso me comunicar"
Fechamos os nossos olhos
num gesto só a surgir
daí se cessaram as mensagens
pois nós precisamos dormir
separe o ser
apenas do seu crer
que a vida abrange e mantida
toda a vontade que o ser tinha
do profundo mar do querer
vem a minha alma parecer confusa
e que todas as mentes intrusas
parece não quererem ser
ou talvez viver
uma historia perfeita
mas por desfecho desfeita
por um faltar do coração
que apenas cessando seu pulsar
calou a voz de berrar
o anfitrião
mantinha o ser em harmonia
sem o ter em alegria te fadigas
ao perceber que o mesmo ser
tens pouco tempo a viver
e quando vós não percebeis?
choramingo triste subindo o monte
procurando meu ermo na fonte
encontrar, não sei onde
consolo burro para meu ser de onde
o tempo passa e se aprende
que a amizade ao ser presente
nua,sagaz,viva,surpreendentemente
mora no coração da gente
para os restos de nossas vidas e seres
para Warly Studdart Maia
um livro
apenas um livro
capa rude
palavra sem tino
abriremos cada palavra
e juntaremos todas
agora somos um
apenas um livro
mostrarei aos breves mortais
que se julgam burros
de que um dia irão me ler
e entenderão tudo
frases cósmicas
ao longo se viam
o vento as trouxeram
de épocas cômicas
espectros assinalados
de almas ilustres
fatos seus decorrentes
historias fascinantes
de repente me rasgaram uma folha
me rascunharam com uma pena,sem pena
fiapos retalhados
cheios de traças,pó e teias
sou ruim
sou ultrapassado
sou medíocre
sou condendado a viver em um baú
sou um
apenas um livro
chuva,chuva reina
em meu peito
quando te vejo
cair no horizonte
espalha gotas meu amor
gosto de você
quando repentina
trovejando se anuncia
almejo um vitral
lhe escutei novamente
o mato seco
mede a chuva permanente
reina, reina chuva
após doutrinas calorosas
e atos pecaminosos
alterna um pouco a vida
seu cheiro úmido
rege a sinfonia
do molhar úmido
e do vento que agia
anunciado o vão
da linda chuva; O sol
mas neste momento
é chuva da lua
imaginem agora esse momento único...
chega a ser
difícil imaginar
6935 dias a procurar
vagando,
e sem querer,imaginando
que tu serias meu par
sustentei altivez
amarguei
insolúvel angustia
te amo
desabei
não quero ser
mais nada
como já fui
ajudei a solução
despejei a solidão
para a minha morada
na esquina da vida
acredito,
antes sonhava
furei meu ver com espada
ao alar minha asa
e ao voar ante a ti
te vi eterna
da rosa com boca fala esse coração
conte com quantos se canta a canção
sempre suplício,soprando sem vão
a dor aclamou,achando o amor.
sozinho sem querer
sem amar, nem ter
rege a sinfonia do meu dó
para o tempo no meu caminho
profanada tristeza
me acompanha ao ver só
minha agonia...
me dei, não superei
nem resgatei companhia
e alegria? puxa!
penso nela noite e dia
solidão? se alimenta
comeu meu ego
bebe e não lamenta
a solidão que existe em mim
que parece eternizar assim
essa rotina afim
de me aclamar louco sim
e queres sempre achar um fim
abstratividade de um amor
causou tamanha dor
quem sabe num domingo,flor
ela solidão cavalgue para onde for
mas nunca mais passe por aqui
e se você encontrá-la não sofra por si
procuro refúgio
para alguém ilustre
desesperado e todavia
com vontades
sua pena é vagar
por uma província antiga
prometida de vez
a azêmolas disfarçados
de chefes comunitários
governantes e presidentes
deputados,senadores,dirigentes
o orgulho de sua ira
és um sentimento putrificado
especial de linha fina
mas de caminho fechado
esse alguém se multiplica
e torna-se algo imenso
de força descomunal
porém sem senso
senso de um povo
que com o passar da vida
continuar sem alterar
a purgação precedida
de total recalque
se tu e eu encontrássemos nós
nunca mais ficaríamos sós
queria eu que vós
se uníeis para sempre, como nós
amarrados um a um
eu,tu,ele
se vocês juntarem-se com aqueles
seríeis não mais vós,e sim eles
e esses que aí estão
traga todos meu irmão
esse aquele e você
separados porque?
puxa vida,quantos agora!
eu,tu,ele,você,aquele,esse
ela,aquela,eles,vós
o mundo inteiro esta aqui
por fim,os pronomes aos quais aprendi.
presságio é pressentido
levado e remido
ousado e ouvido
ao pé do coração
amar-te é eficaz
que o presságio traz
cada vez amar mais
a quem amor me traz
coração é como ouvido
escuta cada sentido
dói como nunca doído
se perder sua paixão
por isso escuto o coração que escuta
na calada noite a imagem é pura
de sua imagem que se diz presságio
tristeza senti outrora
agora amor prometi
a mim mesmo,a quem escolhi
isto tudo faria por ti
por presságio dum eterno amor
todos os dias de minha vida serão bons
com meu proclamar de viver
a cada meta alcançada vou ter
uma frase concluída
todos os dias de minha vida
serão preciosos
procurem aqui achar os destroços
de um dia perdido; Seus ossos
fincados no chão de poeira encardida
todos os dias de minha vida
serão puros
mas hei de achar também dias duros
trabalhando como escravo
puro sangue derramado
suado e secado na flanela embebida
todos os dias de minha vida
serão luz e luz
na alta calçada
numa beira de estrada
estrada da vida,que todos os dias
serão todos os dias de minha vida
somos pessoas
de almas sinceras e discretas
descrentes de tudo que vêem
e alteram as coisas
as quais fazem vós
com convicções ou dúvidas
que toda a vida possui
na intenção de serem puras
somos vãos
da história inacabada
um trajeto sem rumo?
ou uma rota errada?
caminhos recalcados
de corpos regidos
e ambições insistidas
e estragam-se as coisas
somos aristocratas
de moda racial
crucifixos a postos
em beira ao absurdo
somos condenados
a sufocar nossos gestos
magoarmos nossas atitudes
calarmos nossos berros
e a Deus seguimos certos de que pecamos
angustias meu desejo
libera meu rumor
ensina me diva
a ser teu amor
cansa-me em seu tempo
queima o meu ardor
ensina me diva
a ser teu amor
pensas em não te ver querida?
te vejo linda a flor
ensina me diva
a ser teu amor
das deusas tu pura és
suas áureas se formam em cor
ensina me diva
a ser teu amor
ensina me diva
a ser sua canção
pois de amor já enchi
o fundo do meu coração
procuro nessa vida
almejar alvos distintos
por estarem frios
vazios e isolados
ao contrario,
calados em sua beira
chego em disfarce
tratante abstrato
crio um novo espaço
entre eu e meu alvo
distâncias suficientes
metas medidas
a serem lapidadas
torno como um aluno
em tiras de sábio
crio sua noção
de certo e errado
brotam-se frutos
de amor e amizade
figuras juntas e contínuas
ao longo dos anos se fazem
chego a pequena figura descrita
que eu tanto apreciei
digo a ela: - Meu filho
em terra de homens se fazem reis
ofereci
em lágrimas da profusão
o sangue derramado
e aqueles que vi
o desejo derrotado
desejo tal
que os concilia em desilusão
por um povo que clama
com força animal
sua raça em extinção
por que guerrilhas então?
se sofres
agora é tarde
morreis
e teus corpos enterreis
com espíritos iluminados
com os quais seus desejos
com eles se foram
com força de coração
com choros e rebeldia
num deserto de agonia
se a vingança paira
seus vultos visíveis
todos,um a um
sem detalhes nem falhas
assisti,
a um breve momento
o sangue derramado
a aqueles que vi
o triunfo bem aventurado
de um retorno
vê e vai
joga e jorra sua honra
oferta,não ofende a mim
recebe,revê,ronda e erra
ronda tua alma
estás limpa?
controvérsia sem ilusão
tua boca não estás cega
não vá a quem não vale
vai ao poço com certeza
siga ao léu da força comum
e perceberás tua destreza
e certo com esperança
a vida tudo o dará
digo nú para ti
clamando quem te amará
se sou,e vou
tu és e irá também
ele é,glórias a ti,pai dele
nós temos o mesmo
vós sois felizes se também o tens
eles serão tudo de bom
deves a ele
parábolas solucionadas
união eterna
santas ações em vida