André Araújo
Como posso viver, sonhar e até mesmo planejar algo, se o meu maior plano que era ter você comigo fracassou; explique-me o sentido da vida, por que sofremos em nome desse tão falado amor, o que ele realmente representa para nós?
Será um simples momento que nós seres humanos criamos para bloquear nossos medos? Ou isso já nasceu antes desse mundo ser formado? Será que isso não é perfeito?
“Afinal, nós que desenvolvemos esse sentimento que denominamos amor, mais o amor verdadeiro está escondido de nós, ele está nós mais altos céus escondido de nós simples mortais
Às vezes me sinto só comigo mesmo, com esse mundo tão populoso por que temos que passar por momentos assim? O que isso irá acrescentar em nossas vidas, por que fazemos tantas perguntas para coisas tão simples aos olhos dos outros, só iremos ter as respostas de nossas perguntas quando começarmos a olhar para dentro de nós e reconhecer nossos defeitos.
"Com uma poesia de Deus igual a você falando comigo, eu não seria capaz de escrever algo ruim, pois quando olho para você penso somente em coisas boas”.
“Ser uma pessoa fechada não quer dizer que sou um cara egoísta, apenas temos momentos que preferimos ficar sozinhos para refletir coisas vividas e tirar o melhor de tudo, mesmo que este “melhor” seja a pior coisa que nos aconteceu.”.
“Ser fiel será um dom? Uma ousadia? Ou apenas a maior prova de amor que podemos dar para a pessoa que temos laços carnais para toda nossa vida?”
Eu vejo a vida como um enorme livro, que é povoado de histórias. Inicio e termino uma a uma, deixando destas histórias apenas a lembrança.
Mas deste livro me dói a distância, que com a quantidade de histórias anseio pela perspectiva de uma história mais longa e completa.
Mas nas histórias do meu livro já viveram e morreram heróis e princesas, e eu, como um ser desolado, aguardo a princesa que não mais vai morrer.
O meu livro continua, e mais uma pagina virada, e se na história da minha vida eu não vivi nada, na história de alguém fui pessoa-chave centrada, mas que, como no meu livro, também fiquei na estrada.
E o que me faz prosseguir nesta longa caminha, é a busca pela pessoa exata, que como em um sonho não mais seja passada e comece a virar as páginas do meu livro acompanhada.
E esta será a Rainha da minha estrada, que nesta minha longa caminha, encontrarei sempre dedicada a espera que em mais uma história, ela seja citada.
Tem dia que é desafiador, outros passam voando, e outros que nem gostaríamos que existissem.
Mas o que torna um dia especial? No caso o de hoje? Foi um fato passado? Foi o resultado das ocorrências? O que? Talvez seja apenas o momento, o momento em que estamos juntos, isso sim pode fazer qualquer dia de cão virar um dia especial, a falta é semelhante a morrer de dor a cada hora, por isso quando estamos juntos a dor para, e é preenchida com amor; mas voltando ao assunto inicial, este dia é especial e sempre será, pois marca o nosso encontro, o nosso sim, uma simples palavra que irá transformar o nosso mundo, está palavra faz parte do grupo das três primícias (sim, céu, mãe) são palavras simples que descrevem grandezas, este sim possibilitou o fim de uma busca para preencher um vazio que não parceria caber em mim, então hoje é SIM um dia especial, e além deste, todos os outros que eu passar ao seu lado também serão.
Um poeta, justo e sofrido, jaz ao lado; flores enfeitam o caixão.
Sem pressa, o ar seca à sua volta. As flores, quase mortas, exalam o cheiro da tarde fúnebre.
O choro se entrega ao vazio, misturado ao álcool consumido antes do velório — tédio, dor e ódio.
Para os que ficam sentados, olhando aquela cena, não haverá mais poemas, não haverá mais questões.
Chorosa, pensativa e discreta, a amante incerta recorda os momentos de amor.
Não haverá mais beijos, nem paixão, nem ereção.
Tenebroso, rancoroso e coeso, o cobrador ileso reflete sobre a dívida que não será paga.
Não haverá pagamento, nem provento.
Ao lado do caixão, calada, os olhos da mãe se desfazem em lágrimas.
Seu pranto não é ouvido, mas sua dor apavora a solidão.
A filha, aflita, não compreende; cede ao impulso de abraçar a carne morta.
Sem consolo ou alívio, esta dor também a sufoca.
Cala-se o poeta ao som da tampa que fecha a urna que será enterrada.
Dentro dela, nada mais restará.