Anderson Seixas
Passo, sempre, escuto, esqueço.
Volto, nunca, sinto, vejo.
E percebo.
E esqueço.
Passos largos.
Errantes.
Penso, existo.
Instante.
O sino, escuto.
Distante.
São fracos, sinceros.
Constantes.
A roda que a educação gira
Por meio da inspiração inspira.
O sonho que o professor delira
No mundo que é a sala da vida.
Ensina, acredita.
Na clareza das idéias viajantes
Seguindo, iluminando adiante.
As luzes chegam na cidade a cada instante.
Que outrora era escura, distante.
Carvoeiro com paixão
Segunda eu vou chegando, encarando, sem esmola, e com "nãos".
Ela é a vida, percorrida, ordinária de paixão.
Eu não me venha com a história, de hipócrita que não.
Eu conheço a minha trilha, com as pedras e carvão.
Carvoeiro é o Seu José, mais sofrido que chinelo de pobre.
Mais feliz que o rico esnobe. Tem sorte, sem sorte.
A história nem conhece ele, pois o carvão sujou a estrofe.
E perdeu-se entre areias
Sob o sol e as estrelas
E convidou-lhe o som do vento
Não importando o ferimento
A seguir de tal maneira.
A fantástica Terra das Estrelas levava esse nome graças aos fragmentos de luz, poderosos elementos presentes nela. Eles eram restos de uma grande estrela que explodiu próximo ao seu sistema, o Artrakis, há bilhões de anos. Por desconhecida razão, o pequeno planeta atraiu e em seguida absorveu os restos da estrela.
Os elementos possuíam uma energia inesgotável e eram altamente destrutivos. Nada sobrevivia ao entrar em contato com os fragmentos de luz.
Os animais do planeta sempre temeram os lendários elementos, dos fracos aos mais fortes. Todos respeitavam e admiravam a sua energia e beleza.
Já a espécie humana, dona de uma comunicação e inteligência ímpar, desejava em seu âmago o poder da estrela.
Movidos pelo incontrolável desejo de conquistar, por muitos séculos os humanos tentaram manipular os fragmentos de luz, e todos falharam miseravelmente, sucumbindo diante da imensa energia.
Até que! Chegou um tempo em que esses poderosos objetos entraram em contato com dois humanos capazes de os controlar. Ameaçando o equilíbrio e toda vida no planeta.
Mas para a maioria humana, que vivia espalhada em boa parte do planeta, essa história envolvendo as estrelas não passava de lendas, delírios dos exploradores.
Assim também era em Tauwe, onde se inicia a nossa história.
As Crônicas das Estrelas, 4 de janeiro de 2023.
Esplêndidas
Mas, havia uma espécie de árvore especial; Esplêndida. Elas eram as maiores da floresta e suas folhas tinham uma curiosa coloração azul, causada pela enorme concentração de luz que elas absorviam, que alterava incrivelmente a estrutura celular e formava um campo de energia sobre todo o ecossistema. Seus frutos possuíam um altíssimo valor energético e eram cobiçados por toda a Terra das Estrelas. Mesmo de dia, as Esplêndidas emanavam um forte brilho, que se misturava com a luz do sol, surgindo cores únicas, impossíveis de descrever. O nome delas não poderia ser diferente, eram esplêndidas. E brilhavam como estrelas.
Anderson Seixas
Presente é
Ó! Desprezo, peço que vá embora!
Não precisamos de você aqui
A vida é tão bela quando conflitos se esvaem
Quando o ódio subitamente cai
E a humildade singela aflora
A sua, a minha, a nossa!
Mesmo marcado de lágrimas
Ah! Inevitáveis lágrimas
teimam em aparecer
Mas meu sorriso é teimoso também
Pois ser grato não faz mal a ninguém
pode anotar.
Deus nos fez em tradução do amor
Veja só!
Como é bom respirar,
até mesmo com dor
É tão bom experimentar a vida
que a alma só falta falar.