Anderson Ribeiro
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Dia do Abraço
Quando ele vem
É nó apertado
Tipo sanduíche
Com molho de sorrisos
Quando não
É nó tipo arranhão
Fere garganta
Faz afônica a sílaba
Que vírus é esse
Que suspende os abraços?
Que expõe nossos laços
Nos deixa em pedaços
Dinheiro não compra
Status não serve
Que vírus é esse
Que valor não tem preço?
Mas vejo o bom desse espaço
Muito mais do que faço
Com esse vírus que traz
A vontade do abraço
É o vírus do alerta
Do calo que aperta
Da vil descoberta
Do desdém pela oferta
Será louco esse dia
Ao perder o embaraço
Que chegue logo
O dia do abraço!
Anderson Ribeiro