Anaíza Durval da Silva
Rapsódia do Delicado Suspiro
Um vírus coroado de morte e agonia
Torceu nossas vidas e separou a tua da minha
Fui isolada da tua presença, dos suspiros que dantes eram amor delicado
Pus uma máscara e me privei do teu aroma adocicado
As notícias da pandemia enquanto estavas internado...
Oh, como me desanimaram
Seus olhos já não eram mais os mesmos e os meus também mudaram
Me agarrei nas esperanças, da criação de uma vacina
Cantei meus melhores versos para sufocar nosso medo, como faz a morfina
Mas os dias se arrastavam, o relógio se movia
Havia apenas o silêncio na sala aquele dia
Foi dito que por meio do fôlego do Divino
A vida habitou os pulmões dos homens
É triste porém, que através de um suspiro exprimido por teus lábios, a vida houvera escapado