Ana Paula Cané

Encontrados 11 pensamentos de Ana Paula Cané

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Inserida por paulinhacane

Falador

No meio do nada tem vozes
No meio de tudo um vazio
O nada me parece mais um topazio
Do que o tudo com barulhos ferozes.

No meio de tantos mais uma
No meio de um é tudo
Lembro das vozes insanas
De pessoas mundanas.

Lembro de tantas e tantas
Que no fim não é uma
A voz fala e falha, são antas
Hum anta é inteligente, isso é elogio
Melhor qualificação é nenhuma!

Inserida por paulinhacane

Pede criança!

Pede criança para brincar
Pé de criança para correr
Pede criança para ficar
Pé de criança para varrer

Que sujeira nesse pé de criança
Criança é pra sujar
Criança é pra amar
Criança pula e cai

Pede criança, pede criança
Mais que pé é esse minha criança?

Inserida por paulinhacane

Dinheiro fala

Quando o dinheiro fala!
O peito aperta e aí?
A voz simplesmente se cala,
Ah o "ouro" tudo abstraí.

Hoje você viveu.
E aquela esperança?
Esperança do amanhã morreu,
Ela esvaiu-se, era uma criança.

É fio, o mundo ta meio assim,
Era rei que virou ladrão.
Tu comia caviar agora é aipim,
Vai tudo na contra mão.

Enfim o que importa é meu ouro.
Quero tudo que é meu e seu,
Vamos lá tire daquele, ele é tolo.
E assim vivamos nesse eterno coliseu.

Inserida por paulinhacane

Peguei minha dor,
transformei em flor!
To de PRETO to de FLOR.
Não importa cor,
Importa o amor.

Inserida por paulinhacane

Sempre vai ser sobre o que posso!

Inserida por paulinhacane

⁠Mãe de vida diva, daquelas que sabe nem o que é olheira.
De dias puxados no trabalho chega em casa e quer mesmo um amasso ... Daquela criança banguela eita que hoje brincou de cinderela! E aquela menina danada?
Que a viu arrancou a roupa e disse mãe tu não me pega, eu vou é correr pelada!
Deu uma gargalhada e derepente pronto... ela vira a bruxa! A bruxa que corre, que brinca, que joga, que olha, rebola, deita e rola.

Sabe aquela véia? É a mãe... que esqueceu que estava com dor levantou, ajudou na lição, deu banho, cuidou alimentou, foi pra televisão com as cria, riu, se viu num montinho com criança em cima e nem se mexia, pois esperava aquele suspiro profundo de quem apagou.

E se foram as criancinhas... A cinderela, soldado, o castelo, o rebolado a bruxa mais puxa que puxa! Acabou a brincadeira... levanta a bunda, pensa no almoço, faz alvoroço e põe se a deitar. La se foi mais um dia daquela menina mulher... A mãe diva!

Inserida por paulinhacane

⁠2020, ano de perdas e aprendizado.

Ano que nos faltou o chão
Ano que foi tudo na contra mão
Para quem achou que o dinheiro compra
Foi mais que provado, não

Tivemos caixões lacrados
Sem direito a despedida
Tivemos sonhos cancelados
E aquele choro que morreu abafado

Não paramos, tudo pode ser reinventado
Apesar de abraços, sorrisos escassos
Tivemos que valorizar nossos laços

E começou a reinvenção
Tudo foi higienizado
Começou a era das máscaras
Aquelas, feitas para prevenção

Será que o ano foi bom?
Você pode pensar que não
Você pode tirar como aprendizado

Eu prefiro dizer que é o ano da esperança
E está ali, está vendo?
Bem no sorriso da criança!

Inserida por paulinhacane

⁠Cria mulher

Nasceu a cria mulher!
Agora cria essas cria
Ensina o respeito no dia a dia
Ensina empatia
Ensina resiliência
Tenha paciência
Mulher, não é concorrência
Mulher cuida de mulher
Sim, vai ser o que quer!
Se coloque no lugar de fala
Fique calada só para aprender
Pensa, cala, escuta e fala
Cuidado para no peito não abrir vala
Nasceu as cria da cria mulher!

⁠Terra boa

Na minha terra tem brincadeira
O chão se cobre com algodão
Daquele pé de paineira
Nosso tão amado ... Barão.

Tem penca de criança na árvore
Tem tampão de dedão no chão
Criança virando kibe na areia
Esse é o meu Barão

De mãe pra filhas essa é minha herança
Corre, pula, brinca, chora
Vai levanta, não faz hora
Que eu seja uma eterna criança

Qual o nome da terra?
É aquela que o boi falô
É Barão Geraldo, nasci nela
E a carrego com muito amô!

Inserida por paulinhacane

⁠No meu peito cabe gente
Gente feliz e gente paciente
No meu peito cabe o movimento
O movimento leve que abraça
O movimento que arrasta
Aquele que vem como furacão
Vai expulsando o que não é meu
Que adoece, que para, e aos poucos mata
No meu peito cabe até a solidão
Aquela que para alguns é tristeza
Mais no meu peito soa como liberdade
Ela me movimenta e me leva ou me deixa
Onde quero estar, é qualquer um da beleza

No meu peito cabe gente
Gente cheia de abraços
Aqueles que formam laços
Aí de mim sem os abraços
Que envolvem de repente
Abraços não prendem a gente
Prisão é lugar de gente descontente
Abraços perfeitos são os que acolhem
Abraços perfeitos te seguram mais solta
Abraços perfeitos são os que te envolvem
No meu peito cabe tanto
Tanto que está cheio de gente!

Paulinha Cané 19/06/23

Inserida por paulinhacane