Ana Costa
Foi pelo medo de navegar nos mares que naufragou sem alcançar o Porto...Foi por ser metade de tudo que partiu sem ser inteiro.
Não sei como foi, muito menos porquê foi, mas o teu sorriso me hipnotizou.
O teu olhar me chamava, sem que precisasse dizer uma só palavra.
E naquele instante, eu vi, você também queria.
Entre goles apressados e palavras misturadas a minha mão encontrou a sua.
Eu não soube o que pensar, simplesmente cedi aos desejos do meu corpo.
E ao sentir o toque da sua mão gelada na minha eu sabia que era você.
De algum jeito louco, a sensação de paz, me abraçou e nao me largou.
A partir dali, já era difícil partir.
Foi tudo tão depressa, intenso e sem medo.
Eu não me arrependi.
Aquela coragem instantânea valeu a pena, te beijar foi a melhor decisão no momento.
Sentir o toque das suas mãos no meu corpo ainda me arrepia.
O encaixe das nossas bocas, me causa sensações e desejos que só você consegue decifrar
É com todo o desejo as suas mãos matam a fome de prazer do meu corpo.
E no fim é nos seus braços onde eu encontro o meu conforto.
Neste silêncio absurdo que gritava de ti.
Sem precisar por um fim
decidi partir, mas não encontrei
abrigo nas tuas respostas falharam
tentei fugir
me perdi
me calei
e no escuro vazio da imensidão do teu silêncio
que implora por atenção
que grita no subconsciente
aquela voz que ecoa na mente
o silêncio também é voz
que não diz nada pra não te machucar
que não se pronuncia por não saber o que dizer
ou por simplesmente nada significar
O silêncio.
A.C
Quando a tempestade fizer cair o telhado da tua casa, não reclames. Apressa-te a consertá-lo, pois foste tu que, em algum momento, deixaste de cuidar dele.