Ana Carolina Stuginski
“ A palavra. ”
O relacionamento foi desfeito, mas o amor não.
A dor chegou junto com a palavra “terminou”.
Sim, terminou..., mas como terminou se o amor ainda vive em mim?
Achei estranho que junto com a palavra “terminou” me veio uma grande dor. E então finalmente eu entendi o que terminou...
O que terminou naquele momento eu não mais te ver;
O que terminou foi eu não poder ver seu sorriso;
O que terminou foi eu ter seus beijos;
O que terminou foi eu sentir seu cheiro;
O que terminou foi eu te fazer cócegas;
O que terminou foi eu te fazer afagos nos cabelos;
O que terminou foi eu adormecendo nos seus braços;
O que terminou foi o nosso amor na cama;
O que terminou foi a certeza de que eu estaria ao seu lado na manhã seguinte.
O que terminou .... Sim terminou a minha felicidade e começou a dor da saudade.
Dor esta que não me faz feliz, ela me sufoca enquanto eu tento te pedir socorro, dor esta que não me deixa dormir fazendo eu me lembrar de você, dor teimosa que apunhala meu peito quando penso que um dia pode ter outra em meu lugar.
Mas contudo, vou seguindo vivendo .... Eu, o amor, a solidão e a dor.
A pessoa mais trouxa é aquela que sente e não vive, é aquela que disfarça e dispensa sua própria vida.
Não há lugar como aquele, que em seus braços encontrei.
Madrugada escura, eu coberta e você encostado em meu corpo.
Cansada adormeço sentindo seu cheiro e seu calor, queria poder ficar a vida toda acordada ao seu lado.
Ela desistiu do amor, ela desistiu de amar.
Ela sabe que agora tudo é falso, ela entendeu que tudo é frio.
Ela se tornou só dela, e nela nada mais é como antes.
Ela ouve as músicas, músicas já não tem mais sentido.
Ela conversa com estranhos, que serão sempre estranho para ela.
Ela... Agora é só ela e dela.