Ana Carolina Oliveira
“A morte não é tudo. Não é o final. Eu apenas passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como foi. Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos permanece intocada, imutável. O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira que sempre fez. Não mude o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor. Ria como sempre fizemos das piadas que desfrutamos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. Deixe que o meu nome seja uma palavra comum em casa, como foi. Faça com que seja falado sem esforço, sem fantasma ou sombra. A vida continua a ter o significado que sempre teve. Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. O que é esta morte senão um acidente desprezível? Porque ficarei esquecido se estiver fora do alcance da visão? Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo, bem próximo, na outra esquina. Está tudo bem!”
Amor, já não me preocupo, tudo vai terminar como tem que terminar, o destino nos trouxe até aqui, agora o deixo completar seu trabalho e te trazer de volta pra mim. Para Alexandre
Ainda olho o mar pensando em você, as gaivotas a voar, eu não sei te esquecer, lá longe o céu se alumia num relâmpago, e meu pensamento clareia na convicção de que realmente te amo.
Era primavera e a primavera se fez verão, essas palavras definem o começo deste sentimento no meu coração.
Eu florescia ainda, mas você me trouxe todo o calor que eu precisava. Agora é Outono e eu sinto toda a esterilidade deste meu sentimento.
Não consigo parar de pensar, muito menos consigo esquecer, não paro de pensar em amor, não paro de pensar em você.