Ana Cañas
Você diz sim
Mas eu digo não
Você, talvez
Mas eu volto a dizer não
Galinha preta na encruzilhada
não sai do chão
Você diz sim
Mas eu digo não
Você, talvez
Mas eu volto a dizer não
Batuque, toca, te pega
Te leva longe
Meu santo veio me dizer
Somente Deus para entender
Você diz não
Mas eu digo sim
Você, talvez
Mas eu volto a dizer sim
Boca do sapo foi costurada
Mas ele cantou
Você diz não
Mas eu digo sim
Você, talvez
Mas eu volto a dizer sim
Azar ou sorte
Usar o bode
Meu santo veio me dizer
Somente Deus para entender
Existe aqui uma mulher
Uma bruxa, uma princesa
Uma diva, que beleza!
Escolha o que quiser
Mas ande logo
Vá depressa
Nem se atreva
A pensar muito
O meu universo
Ainda despreza
Quem não sabe
O que quer...
Luz Antiga
Eu só queria que você cuidasse
Um pouco mais de mim como eu cuido de você
Cuidar é simplesmente olhar
Pro mundo que você não vê
Pra medir o amor não existe cálculo
Um mais um pode não ser dois
Futuro é linda paisagem
Desejo que não é sonho é mera ilusão
Se não sabe
Se afaste
De mim
Se ainda cabe
Me abrace
Enfim
Só ligue se tiver vontade
Só venha se quiser me ver
Mentir é pura vaidade
De quem precisa se esconder
Se não sabe
Se afaste
De mim
Se ainda cabe
Me abrace
Enfim
Será que eu vejo apenas o que você não vê?
Eu não entendo como você não pode perceber
Que eu não sei mais
Eu não sei mais, eu não sei mais
Eu não sei mais, eu não sei mais
Eu não sei
O sangue é o rio que irriga a carne
E a alma é a terra de um morro
É luz antiga ao fim da tarde
Essa saudade sem socorro
Se não sabe
Se afaste
De mim
Mas antes que seja tarde
Nos salve
Do fim
Falta faltar o ar
Quando a gente
Se encontrar
Saudade é casa
Onde mora o amor
Agora é longe
O tempo sem você parou
Perto do sentido
Incompreendido
Encontrei toda razão
E tudo está perdido
Menos o coração
Acredito no amor
Na lâmina da vida
Na beleza dos rolê
Na luz, na luz, na poesia
No bem sem ver a quem
Na vereda louca da esquina
E ainda que nem sempre dos homens
Na justiça
Na beleza das cores
Na liberdade das crenças
A alma desconhece as diferenças