Amanda Pupin de Camargo
Hoje vi e aprendi que preconceito não rege a vida, que o mesmo não a torna mais fácil nem agradável. Aprendi, que onde há brancos, há negros, pardos, azuis e amarelos. Vi, que a vida é movida de sentidos, não de diferença. Sonhei e sonho, com um mundo onde homossexuais,negros, brancos, magros, gordos, portadores de alguma deficiênia, vivam em paz. Imagino, um mundo sem dinheiro, onde as pessoas colhessem o que simplesmente plantaram. Sonho, com um mundo onde haja verdadeiramente o direito de ir e vir, sem que haja classificação social, racial e moral. Sonho, com um mundo onde ninguém passe fome, onde todos tenha o pão para repartirem em cada refeição, que tenham o básico para sobreviver. Imagino um mundo onde a vida esteja em primeiro plano. Enfim, os sonhos estão se distanciando cada vez mais do real, e as ideias se perdendo. Infelizmente vivemos hoje em um mundo, onde tudo e todos nos limita de viver.
Descobri, que a melhor coisa e sentar-se numa esquina qualquer com alguns bons amigos e colocar o papo em dia, seja pra falar mal daquela roupa ou criticar a atitude alguém. Descobri, que devemos primeiramente agradecer pelo que nos foi dado, e se ainda for preciso indagar pelo que nos foi tirado. Aprendi, que é preciso perder, para dar-mos valor ao que nos resta. Sei, que tempo é a palavra certa para definir-mos qualidade. Que ousadia é viver o novo, e persistência é fazer o novo de novo. Vejo que nesses tempos modernos, a delicadeza e o romantismo foram esquecidos, que essas palavras se tornaram "bregas" ou "fora de época". Agora de uma coisa eu sei, enquanto correr sangue em minhas veias e houver força em meus braços, eu lutarei pela dignidade do meu povo.