Alzira Ewerton
Para chegarmos a dizer "eu te amo", necessitamos saber amar. A responsabilidade de tal expressão, assim o exige.
O instinto maternal faz com que u'a mãe esqueça até que tem direito a existir. Isto é justo? Não sei... Fica a dúvida.
Muitos espinhos nos travesseiros e no colchão.
Quanta diferença!
A mesma cama já abrigou meu corpo com almofadas de plumas e colchão moldado.
Minha cabeça em um balançar constante ameaça explodir...
As lágrimas caem naturalmente e de maneira pedinte...
A espera é vã... Não mais virás... Nunca mais.
Meu grito ecoa não apenas no quarto, mas em todos os cômodos...
Ninguém os ouve.
Apenas meu coração os sente.
Eu te vi... mesmo que apenas em uma foto, eu te encontrei.
Ladeado por outra... Doeu em mim.
Estavas alquebrado, olhos sem brilho... um sorriso empalidecido... Querias demonstrar uma falsa alegria.
O tempo te venceu.
Findaste como um fantoche tolo que pretende dizer ao mundo que ainda dás as cartas.
Querido... insultaste a máxima maior de tudo querer... E assim me perdeste.