almasquesentem Lari

“Finitude

Finito na sua completude
De infinito e profundo
Afundo
Sugere pensamentos
Viver momentos
Paro pra pensar
O que é viver?
Uma mente que nem para
Acelera
Dispara
E de tantos eu escuto: respira, e não pira.
Mas dar o seu melhor
É se dar por inteiro
E isso se implica em não estar bem em um tempo certeiro
Infinito na infinitude
Não se esconder
Isso também é virtude
E é nela que o tempo não se ilude.”
Polos não excludentes, mas complementares.

⁠E quando bate aquela saudade
Lembro que o amor não é vaidade
Reciprocidade
Entendendo sobre sentir
Eu sinto falta de ti
E quando bate aquela saudade
Faz-se a falta da cumplicidade.
Se mostra a vulnerabilidade
Se afirmando na lealdade
Deixando o indisponível pela disponibilidade
E é nessa lenta brevidade
Que me recordo da peculiaridade.
“E por falar em saudade…”

⁠Monotonia

E ainda quando dói parece que te alivia;
O pior é quando a dor se vai;
E você se esquece de lembrar de onde a dor vinha;
Não mais importaria.
Ausência de algo que te tomou alguns dias.

⁠Vulnerabilidade e seus amores

Ser vulnerável é ser real;
Assim o amor entra e permanece;
Só assim alguém prevalece.
Entre os amores que vem
Os que vão
E os que ficam
Mora o tempo
E a vulnerabilidade não abstêm o sentimento.
Se reconhece.
Acontece.

⁠Cores e desejos, como ser corajosa e como não encantar diante disso tudo que você é?

Já pensei se existisse uma máquina que talvez levasse você das minhas memórias, talvez eu tentaria, mas isso some ao ver teu rosto e é o suficiente para que eu mude de ideia. Porque não tem nada que eu mudaria em teu rosto pra que tivesse um maior desejo em estar contigo. Todas as minhas pequenas dúvidas de repente se vão de alguma maneira quando você chega perto, tão perto e você chega perto com seu jeito, seu sorriso entre suas falas, que por horas eu ouço, e você insisti tanto em dizer:

“ – sou uma pessoa louca, apenas querendo minha paz de espírito, não sou perfeita.”

Você fala, fala e eu escuto, e o único silêncio é quando eu te beijo, e por vezes você me diz:

“ – estou sempre ansiosa pensando que não estou vivendo minha vida ao máximo!”

Eu seguro sua mão e só quero que você sinta ela e até preparo um chá, te olho e calma você fica ao lado da cama e então adormece, nesse intervalo eu me pego te olhando e penso, que por vezes eu fui embora depois de tantas falas entre nós, mas com a intenção de ir e não voltar, mas você sempre soube que todas as vezes nunca foi por falta de sentir, e você dizia:

“ – Volta aqui e me dá pelo menos um tchau… Vamos pelo menos fingir que tivemos uma despedida”

Só mais uma vez?

Essa despedida que todas às vezes eu nunca quis ter, porque eu não vejo nada que eu não goste em você, pois tudo cai tão bem na simetria de seu rosto, e então eu vejo todas suas falas escorrerem pelos seus olhos e você diz:

“ – eu não acredito que já estou chorando!”

E isso é algo que só faz dividir o meu coração, e é a única vez que ele se dividi, e eu dou um passo pra ir e volto quando eu estou um passo distante de ti, e repito que eu nunca quero ir, e você não cansa em me dizer:

“ – Mas você vai! Você vai pensar em coisas, vai ficar entediada e eu vou me sentir presa, porque é isso que acontece comigo” e eu te digo, “ – você me da tantas razões pra desistir e eu mostrando razões pra não ir.”

Não imaginaria estar aqui sentindo isso por você, mas você gosta de quem você gosta, e nisso não tem um porque.

⁠O que é o amor ?

É sobre isso:

“Entre acasos eu me esqueci de te esquecer.”

Acho que o amor é resquício disso, de algo que não se deixa de lembrar e chega o momento em que não irá doer ou machucar.
Sempre foi sobre algo que eu me deixaria esquecer ou continuaria subitamente a esperar.

''Onde você está?''

Perguntas recorrentes de quem sente.
Acho que é sobre isso, dentre tantos rostos, tem um que não se esquece facilmente.

⁠Analua e suas fases que passaram por mim.
Por tempos fez falta.
Você e suas fases que insistiram em me bagunçar, foi por anos difícil reaprender como era antes de você, somente não existia esse ser.
Triste a falta que você fazia em todo canto.

⁠Tantos reparos, alguns estragos;
Ele reparou nos óculos;
Ela reparou nas vírgulas;
Reparando no irreparável, ele viveu o “nós”…
E ela nunca reparou, sempre calava sua voz;
Um pouco duradouro um eterno, que em momento ficou, após…
Mas se fez folhas de uma história tão veloz;
Memórias de alguns espaços vagos, e a sós.