allexandre_ssillva
"Embora seja eu munido de certa vaidade pelo meu ceticismo para com o próximo, por vezes ainda me flagro afligido pela angústia causada pela ausência de destreza intelectual na conjuntura emocional... pasmo a ponto de gozar de uma fadiga física, e todas as frases me proporcionam textos de agonia, creio que eu esteja morrendo depressa demais.
E talvez não tenha ainda passado pela minha vida, alguém que fique para envelhecer.. "
"...me apetecem os seres que abraçam seus pensamentos, transmutam o silêncio num filtro de afrontamento que empregam frases sábias, e não de furor como argumento."
Pessoas quando falam de si, descrevem quem acreditam que são, quase nunca o que de fato são; porém, as expressões, atos, olhares, trejeitos, atitudes e contradições, demonstram quem de fato somos.
...e se amanhã fosse o último dia?
...quantos anos teríamos que viver em um dia só, quantas palavras para se arrepender, quantas palavras para se dizer, quantos abraços para abraçar? ...talvez desabrigar do coração quem não soube estar.
Para todos os últimos dias que houveram, sempre houve um ontem que antecedeu o amanhã que sempre vem.
...ouço todas as palavras proferidas com descontentamento, vejo todos os atos como encenação, o amor ao próximo fora sempre nada mais que amor a sí, estranhamente não me gera isso nenhum estranhamento, em verdade, sinto um descontentamento contente de me alegrar com a melancolia que vislumbro o mundo.
...essa manhã.
"...tenho despertado para desfrutar dos tons cinzentos dos dias azuis sem cor, estando feliz na fortaleza rubra da minha mente com a melancolia acrômata que me cerca, penso em ir, buscar, fazer, estar, ser... no entanto, permaneço imóvel, certo que irei, buscarei, farei, estarei e serei. Quero mover-me, porém a cada passo, mil braços aos embaraços me restringem o caminhar, doravante, caminharei sem respirar."