Allan Percy
AQUI ESTÃO CINCO PASSOS para aumentar a autoestima:
1. Viva para si mesmo, não para o mundo. As pessoas que não sabem amar a si mesmas buscam constantemente a aprovação alheia e sofrem quando são rejeitadas. Para quebrar essa dinâmica, devemos admitir que não podemos satisfazer a todos.
2. Fuja das comparações. Elas são uma importante causa de infelicidade. Muita gente tem qualidades e atributos que você não tem, mas você também possui virtudes que não estão presentes nos outros. Pare de olhar para os lados e trabalhe na construção de seu próprio destino.
3. Não busque a perfeição. Nem nos outros nem em si mesmo, já que a perfeição não existe. O que existe é uma grande margem para melhorar.
4. Perdoe seus erros. Especialmente os do passado, pois já
não podem ser contornados nem têm qualquer utilidade.
Aprenda com eles, para não repeti-los.
5. Pare de analisar. Em vez de ficar pensando no que deu errado, é muito melhor agir, porque isso permite aperfeiçoar suas qualidades. Movimentar-se é sinal de vida e de evolução.
É preciso aprender a amar a si mesmo, a reconhecer-se e a aceitar-se, apesar de suas
imperfeições – que, na realidade, são caminhos a percorrer. Só assim você deixará de temer os outros e de ser afetado por suas opiniões.
Como dizia Hermann Hesse, cada ser humano é responsável por seu jardim e pinta em sua mente a aquarela do que deseja ser. Quando deixamos de depender dos outros e de nos comparar a eles, descobrimos que somos donos da nossa vida.
Afinal, a escola da vida é aquela que nos coloca à prova no dia a dia, e precisamos estar sempre dispostos a aprender e a melhorar nossas notas.
Em suma, como a ave que quebra o ovo depois de ter se desenvolvido o suficiente, crescer é transformar-se de dentro para fora.
A educação nos dá conhecimentos específicos para passar numa prova; o que não significa que aprendemos o essencial para viver. -
No momento em que nos desprendemos desse roteiro que nos ensinaram começa nosso caminho em direção à realização. Sem ter a quem seguir, a quem consultar, nos vemos obrigados a decidir e a nos definir. Nossa felicidade deixa de depender dos outros para ser responsabilidade nossa. E isso é ótimo. Deixamos de ser crianças, discípulos e nos separamos dos que nos conduziram até aqui. Já não somos mais um prolongamento de ideias alheias, conquistamos nossa liberdade.
Em cada adulto dorme uma criança que crê na magia do mundo e da vida. E a leva a sério porque, quando o menino brinca de ser pirata, está sendo realmente um pirata.
Quando um adulto não está satisfeito consigo mesmo, deve se perguntar o que esqueceu no caminho. A resposta normalmente é que não cumpriu com o combinado.
Voltar a olhar para o mundo com os olhos de uma criança nos permite reencontrar o ser mais verdadeiro que habita dentro de nós.
As plantas têm o seu ritmo, e a pessoa que cuida delas aprende a respeitá-lo e a integrá-lo em sua vida. Há muito o que aprender com um jardim em crescimento, pois seu estado e os cuidados que lhe dispensamos são um reflexo de nosso jardim interior. Quem é capaz de cuidar de seu jardim também pode cuidar de si mesmo.
A memória coletiva é muito mais algo que nos une aos outros do que algo que nos separa. Saber que um suposto inimigo hospeda o mesmo inconsciente de sonhos e arquétipos que nós é um convite a rompermos a crosta dos mal-entendidos e darmos um passo rumo ao entendimento.
Quando nos dão um caminho no qual nos sentimos seguros, nos apegamos a ele. Deixamos de viver por nós mesmos para seguir algumas diretrizes, alguns ensinamentos que sabemos de cor. Se não nos atrevermos a liberar essas amarras, não chegaremos a saber o que é pensar em liberdade.
A primeira presa de todo caçador da verdade deve ser ele próprio, seu autêntico eu. Ninguém pode nos ensinar quem somos. Devemos descobrir isso por nossos próprios meios. Ninguém pode viver nossa vida por nós.
A luta entre a água, a espada e a rocha.
A espada e a rocha se consideram superiores: a espada acredita que pode ferir a água, pois a parte ao meio como parte qualquer outra coisa. E a rocha, por sua vez, acha que pode cair sobre a água e danificá-la. No entanto, a rocha não danifica a água; simplesmente faz com que ela desvie o seu curso. A espada, por mais que afunde seu fio na água, não pode parti-la. A água se adapta, a rodeia, mas não deixa de fluir. Em compensação, a água pode desgastar a rocha e oxidar a espada até que seu fio não mais corte. A paciência, a calma e a capacidade de adaptação são armas mais poderosas.
Nosso caminho pode nos levar a muitos lugares, e, para aprender sobre eles, é preciso ser como a água e nos adaptarmos ao curso dos acontecimentos. Como o mundo nunca se adaptará a nós, devemos ser flexíveis como o bambu, que balança com o vento mas não se quebra.
Um rio, em cada local por onde ele passa, recolhe em sua corrente fragmentos desse lugar, de tudo o que aconteceu ali. Isso enriquece o rio. Da mesma maneira, o que encontramos em nosso caminho nos nutre e nos dá sabedoria sempre que não desprezamos esse conhecimento.
Se impusermos nossos critérios e não respeitarmos o outro, só conseguiremos que nos evitem ou nos temam. Para ensinar de verdade é necessário amar o que se fala, o que se ensina e, definitivamente, amar o próximo.
Tal como reza o efeito Pigmaleão, as pessoas se tornam uma coisa ou outra segundo nossas expectativas sobre elas.