Alisson Alves
Eu posso ser o que você pensa, o que você vê, o que você imagina
Serei inventado a cada dia
Mas serei quem realmente sou pra quem eu realmente sei quem é
Tenho visões de outros tempos
Desejando outros momentos
Mas como a brisa sigo de acordo com o vento
Em minhas preces imploro
Para que os céus me faça um novo homem
Sem razões, sem medos
Apenas seguir um dia
Viver com o orvalho da manhã
E a noite poder sonhar
E com um beijo adormecer
Poder recomeçar
Rever os conceitos
Aceitar os defeitos
Iniciar um novo começo
Parece que os nossos sonhos estão se desviando de nós
Mas somos nós que estamos nos desviando para os devidos sonhos.
Alguns dizem que é fácil
Alguns esperam a tempestade passar
Alguns caem em colapso
Outros estão procurando motivos pra chorar
Alguns deixam nas mãos do tempo
Enquanto outros conseguem voar
Mas quando a noite cai tão solitária
Poucos conseguem se segurar
Quando a dor invade a alma
Muitos choram até sangrar
Quando tudo parece perdido
Alguns conseguem se ajoelhar
Enquanto outros deixa a ferida se espalhar
Enquanto muitos ouvem
Poucos são os que conseguem cantar
Mente ansiosa
Não sei o que estar por vir
Também não sei o que acontece
A mente desencoraja
O corpo frágil estremece
A procura de um abrigo
O único lugar em que confio e faço minhas preces
Respiração ofegante
Desejo ir
Prefiro ficar
Posso fugir
Mas sei que vou querer voltar
Muitos querem me ajudar
Mas poucos sabem o quão temeroso
É o pânico de ansiar
A noite revela o meu mais oculto segredo
tomo do meu próprio veneno
Reprimo uma dor que não entendo
Minha alma grita na escuridão
Não consigo conter tal aflição
Sigo ofegante
numa lucidez embriagante
as lágrimas me deixam distante
de ir há algum lugar mais adiante
Sofrendo pelos pensamentos
desejando um lapso de tempo
a razão não me convence
a emoção, essa me deixa inconsciente
Inerte a qualquer ação
não tenho sequer uma explicação
Meus amigos mesmo ao meu lado não estão presentes
seus ombros agora são ineficientes
As lágrimas hoje descem facilmente
Ofuscando o futuro
desejando o passado
amargando o presente
Quem te julga por suas vestes
Não veste o que quer
Quem te julga por seus atos
Não faz o que quer
Quem te julga por sua posição
Não sabe o que quer