Aline Queiroga.
Há pouco tempo estive em um mar de abismos. Cercada por estratégias que falharam. Dentre tantas e outras coisas eu tive que superar meus medos e confrontá-los. Mesmo minha vontade sendo voltar pra cama e fingir que é tudo um sonho, ou melhor, um pesadelo. Mas o melhor de termos problemas, é que uma hora ou outra teremos que encará-los, e mesmo que a moleza chegue antes de as coisas acontecerem, a gente aprende por pressão a ser forte.
É que na verdade, tudo é muito mais complicado do que parece. Expor sentimentos não é o meu hobby e se você quer saber, eu nunca senti a necessidade de expor eles também. Mas dentro de um tempo, as coisas se complicam, ficam difíceis, e o que dava pra suportar passa a ser angustiante. Quero uma maneira pra inserir teu nome nessa história. Perda talvez. Tenho medo de te perder e ficar apenas com as lembranças em minha mente. Eu não suportaria a dor de viver com tua ausência. Seria muito para mim. Viver se resumiria apenas em existir. Por algum momento eu abro os olhos na esperança de te ver na minha frente, e ouvir tuas palavras aconchegando-me de que vai ficar. Mas sei que isso não passa de uma imaginação, fértil talvez. Mas por enquanto que as coisas não caminham ao meu favor, eu fecho os olhos e te imagino no meu caminho pelo resto dos meus outonos.
Quando vi aquele sorriso perfeito, mesmo com seus erros, meus olhos se encheram de brilho de um modo tão diferente quando comparado aos outros. Tinha uma expressão única. Eu observava cada detalhe seu, desde o modo de abrir a boca até os cantos se fecharem aos pouquinhos. Talvez esse fosse o maior motivo pra continuar a insistir em você. Digo, quem resistiria a um sorriso daqueles?