Aline Nunes
aquela mensagem...
todos os pensamentos constantes sobre ti se afastaram lentamente, me matavam aos poucos, não ponderava meus sentimentos, não pude parar de pensar no quão estúpida fui ao te deixar dominar minha mente, mesmo sendo ambivalente.
no quão estúpida fui em desperdiçar noites falando contigo. lágrimas de saudade, pensamentos e desejos. tudo se foi da pior forma, pois sua insensibilidade sempre se fez presente.
quantas vezes tentei expor a dor que eu carregava no meu peito pela falta do teu afeto? pela falta da sua compreensão? quanto tempo desperdicei tentando te convencer de que seria alguém que poderias contar? ou até mesmo amar...
quis me entregar a você de uma maneira jamais desejada antes, a vontade dos teus lábios juntos aos meus sempre foi inevitável. meu corpo permitiria teus toques em lugares nos quais somente eu conheço.
agora posso me desvencilhar de todas as lágrimas que tenho guardado e pensar: como fui capaz de me sujeitar a isto? como podemos nos torturar tanto? te desejar ao meu lado seria como procurar abrigo entre o verde e o violeta, e estar sempre condenada ao azul. não pertencemos nem se quer ao mesmo espaço, e agradeço ao universo por isso.
mas agora me questiono, como seria viver sem o seu azul, depois de transborda-lo?