Aline Bei

Encontrados 15 pensamentos de Aline Bei

Meu pescoço quando ama fica muito comprido, a pele
vira cobra, gira 300
e 60 graus por amor.
Meu pescoço não tem boca, a sua língua
é referência de boca pra ele.

Inserida por pensador

O atraso

chutei as pedrinhas da estrada quando senti que você não vinha
Mais.
Tirei elas do meu caminho, deixei só
a Terra,
que sempre levantava com o vento, nascido das rodas rápidas que passavam por ali e
não paravam.
Estava tudo certo para termos a melhor semana das nossas vidas, pelo menos eu.
De noite conversamos por telefone, você disse
das malas prontas, mas hoje
desviou o caminho,
preferiu pegar a estrada sem mim e eu aqui, na rodoviária feito
Besta, num choro engasgado de
peito, uma
ânsia.
Pensei que podia ir atrás de você até a sua cidade, mas que ridículo isso seria.
Porque um dia
Morro
e não sei
Quando, desperdiçar o tempo é criminoso por ser jeito de matar, também.
Olhei minha mala em estado de
Espera, era
triste. Eu de calça jeans, batom e bota te esperando era
ainda mais Triste, o amor
é história pra boi
Dormir. O que existe
é a sede,
amor é feito de 2 ou mais pessoas e 2 ou mais pessoas
Raramente concordam em qualquer coisa, por isso viram pó e
desilusão.

Inserida por pensador

O céu guarda a parte viva da pessoa, aquela coisa que não morre nunca, não a saudade, a saudade é amor e é dos vivos, estou falando da coisa viva que fica nos mortos.

Aline Bei
O peso do pássaro morto. São Paulo: Editora Nós, 2017.

Porque curar alguem é deixar o mundo feliz inteirinho e o mundo inteirinho é triste, triste.

Aline Bei
O peso do pássaro morto. São Paulo: Editora Nós, 2017.

O sol nascendo é um espetáculo minúsculo de tempo, de beleza, um mar que logo vira aquele céu de sempre.

Aline Bei
O peso do pássaro morto. São Paulo: Editora Nós, 2017.
Inserida por pensador

É uma pena que a maioria das nossas avós vão embora antes de virarmos pessoas que sabem aproveitar uma conversa.

Aline Bei
Pequena coreografia do adeus. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
Inserida por pensador

Desde quando sabemos de todas as coisas que acontecem no mundo se mal sabemos o que se passa no fundo do nosso coração?

Aline Bei
Pequena coreografia do adeus. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
Inserida por pensador

Nas repetições é que se instalam os afetos cotidianos.

Aline Bei
Pequena coreografia do adeus. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.

minha mãe era uma flor
que sangrou por ser idealista
por isso se fechou
em aço

Aline Bei
Pequena coreografia do adeus. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
Inserida por pensador

Sangrou, como sangram todas as perdas.

Aline Bei
Pequena coreografia do adeus. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
Inserida por pensador

E se não existir momento perfeito?, mais por culpa do perfeito que do momento.

Aline Bei
O peso do pássaro morto. São Paulo: Editora Nós, 2017.
Inserida por pensador

Vou conversar com seu pai pra gente casar. Eu não tenho dinheiro como ele gostaria mas tenho um peito que dentro só cabe teu nome e medo nenhum quando penso em você. Se tudo der errado te proponho uma fuga e muito amor pro resto da vida.

Aline Bei
O peso do pássaro morto. São Paulo: Editora Nós, 2017.
Inserida por pensador

Você devia ter me avisado. Sumir pra nuvem assim foi como brincar de esconde-esconde pra sempre, fez nascer um buraco em mim, lembra do vulcão na aula de geografia? Então, é assim que eu me sinto mas sem o fogo que não é quente ficar sem você, algo em mim congelou.

Aline Bei
O peso do pássaro morto. São Paulo: Editora Nós, 2017.
Inserida por pensador

O amor era um vento, logo passa e começa outro com tanta naturalidade que você nem percebe.

Aline Bei
O peso do pássaro morto. São Paulo: Editora Nós, 2017.
Inserida por pensador

quando um bebê nasce
uma Flor brota
no peito e sai
pelo leite da mãe.
é assim
que os bebês crescem
se alimentando dessa
flor invisível
algumas pessoas
chamam ela de
amor.

Aline Bei
O peso do pássaro morto. São Paulo: Editora Nós, 2017.