Alimacassis

Meu Dizer ao Amor.
Tento encontrar algo que me faça sentir-te, conhecer-te, pois até hoje só te vejo passar por mim, nem se te convido queres aqui ficar.
Quem és mesmo tu que nunca quis ser companheiro meu? Mas que de tão misterioso me encanta e em mim provocas o desejo de querer ter o meu corpo junto a outro o resto de minha vida.
Por esses eternais dias enquanto te observo passar; te vi ser conto de fadas para alguns e tão cafajeste para outros, mas ainda que, feliz ou doloroso para estes nunca deixastes de existir...
Continuo te esperando aqui no mesmo lugar de sempre.
O tempo de espera por ti que desconheço tem me tornado tão insensível ao ponto de agora meu coração passar a ser desesperança, a dolorosa desesperança, de que tu nunca poderá ser um dia parte de mim, ser por inteiro em mim... em mim ser apenas o que és.
Ouço boatos de que és aquele que proporciona todas as dores e prazeres da vida, pois veja, para mim tens sido apenas o vazio, o desconhecido, nem dor, nem prazer, apenas o frio do nada. Os boatos, que honram tal descrição tua, não mudam o fato de que já te vi desfarçado, camuflando-te até mesmo de serpente destruidora e enganosa... Oferecendo-te como caricia imediata aos carentes! Talvez nas vezes em que pensei ter te conhecido no calor das emoções que me transmitiram um beijo, estivesses tu nos teus dias de camuflagem, de engano, oferecendo-te como primeira paixão para uma menina boba e tão inocente...
Me fez pensar que eras tu somente aquilo que senti, fogo ardente consumindo meu coração, queimou me viva no calor daquelas emoções, foi embora e agora és somente solidão em mim.
Talvez a parte que me restou nesta história, foi a parte dos que te procuram incessantemente por querer apenas respirar o bom e vital ar que exalas... tenho sido essa procura. Sou parte dos teus enganos, então chego a odiar-te...
Por fim, durante todo o degastante tempo que te observei, em que te vi como engano,dor, prazer para tantas pessoas, conhecer ao menos o nome de quem me causa torturas é aliviador!!!
Ah! Amor! Fazes de mim e de tantos outros, seguidores teus... te admiro agora com a dor sincera de um poeta que te inventa, pois não o pode ter.
Ah! Amor! Seria bom escrever sobre ti com o fato do que és de verdade, não como te descrevo aqui, tornando-te apenas o meu vazio, apenas as minhas palavras sobre ti, meu querido e distante desconhecido.

Menina Mulher.
Ah! Menina! Mulher! Sinuosas são tuas curvas, mais que os tão belos desenhos das curvas das serras dos mares. Quando sorri mostra que, mesmo com toda tua dor de menina sensível, tiras de toda má experiência de viver a sabedoria e malícia de uma mulher.
Teus cabelos cacheados, enrolados, fios entrelaçados, parecem definir tua mente tão bem! Porém não tens ideia de como toda essa confusão te torna tão linda, tão única.
Consegues ser diferente em delicadeza; até no mexer de tuas mãos ao ajeitar a armação que se encaixou perfeitamente em teu rosto.
Tua criatividade literalmente destrói todo teu medo da ferida que a vida pode fazer doer novamente, a arte em ti é marca mais forte que as cicatrizes que tua coragem trouxe ao se aventurar por entre todos os teus temores.
Parar para observar-te é criar admiração por uma menina que fez de tuas lágrimas rios de poesias. Uma menina que um dia desabafou, sentiu-se perdia em suas próprias palavras, uma menina que angustiou-se por não ter mais na escrita a prosa que antes vivia.
Tanto chorou que agora faz de suas lágrimas mares de versos, prosas e rimas.
Encontrou- se, então, novamente, com suas palavras, que em meio ao seu sofrimento estavam escondidas, agora escreves como uma menina-mulher que sabe um bocado sobre a vida.
Ah! Menina! Mulher! Só espero que agora juntem-se ao teu entendimento tuas cicatrizes, teus rios de poesias, teus mares amargamente incompreendidos, que eles te façam enxergar a grandeza que tens, espero que neles consigas encontrar o sentido de tua vida, que eles te façam acreditar em todos os elogios feitos á você , que eles te façam entender quão bela arte de força Deus escreveu em tua história.
Ah! Menina! Mulher! Parar para observar-te é ter admiração pela menina que carrega em tua caminhada o contraste entre a dor e a alegria que nos traz o complexo ato de viver!