Alice Oliveira
É nação contra nação.
É criança com arma na mão.
É um pai chorando ao lado do filho morto no chão.
É país fechando a porta para aqueles que não querem se juntar a rebelião.
É coisa de mais para se preocupar enquanto tenta apenas ganhar o pão.
E foi quando Alice mais uma vez caiu no buraco, mas desta vez não estava acompanhada pelo coelho e desta vez ela não sairia em uma sala com várias portas, ela só cairia sem se quer saber que o buraco a qual entrara era um poço sem fundo, bastava para ela então aceitar que sua vida acabou sem companhia de gatos ou chapeleiros ou até mesmo de uma rainha com uma cabeça diabolicamente gigante.
Desde o dia em que me vi, me ofusquei entre felicidades incompletas, depois de tanto tempo encontrei-me em verdade a dor que não me cabia, é perca de tempo tentar se ver por completo no dia a dia, tentar ser é descaso, é resto, é aquele triste fim de tarde de todos os dias.
Escrituras de um Degradê de sentimentos.