Aléxia F. M. Oliveira

REFLEXÃO

Palavras não me cegam
me abrem a razão

Estudos não me cansam
me ajudam na decisão

Preguiça não é sono
é a vontade que se perdeu

Dúvidas não me abatem
apenas dizem quem sou eu.

AROMA DE INOCÊNCIA

Isabela, Isabela
doce Bela, doce Bela
tão calma e desligada
como uma folha a ser levada.

Não se ofenda por favor
você é doce com uma flor
que tem cheiro de inocência
mesmo que não tem consciência.

Não me leve a mal, meu amor
te amo com todo o ardor
mas você não percebe a diferença
entre não saber e consciência.

Mesmo quando sorri
questiona o motivo da graça
mesmo quando chora
duvida de toda a desgraça

Para alguém tão especial em si
não precisa de palavras para se garantir.

INTERIOR SOMBRIO

De tua alma tão sombria
teu rosto de beleza perdida
tuas palavras de sofrimento
que se apagam com o vento.

Dentro de ti, a tua revolta
um segredo tão sombrio
escondido a três chaves
mas uma palavra destranca o trio.

Há tristeza em teus olhos
escondidos com plenitude
há algo negro em sua alma
que jamais foi preenchido

Por um amor fervoroso
que fora conhecido.

Ou é o que pensa...

AMANTE MEU

Nunca senti tanta paz
e os ruídos nunca foram tão insignificantes
meu coração jamis trabalhou tanto e meu sorriso jamais foi tão verdadeiro

A brisa me acalma
como se fosse o sussurro da sua voz doce
e quem sabe... talvez seja...


Pouco a pouco me perco
quero tanto dizer como o amo
mas meus lábios só se abrem ao ofego
e o medo me invade
o medo de que possa parar

Não pare Amante Meu
não pare de beijar ou sussurrar
suas palavras ao pé do ouvido
me trazem arrepios e me trazem sorrisos
enquanto o seus lábios vagueam meu rosto
e eu finalmente confesso
que sou, inegavelmente, sua
por toda a eternidade!