Alexar Moser
"Enquanto for possível encontrarmos milhares de desculpas que tentem justificar a violência gerada, desde a mais fútil briga que resulta em um tapa na cara, até a maior das guerras, que acaba com milhares de pessoas mortas e outras milhares machucadas física e emocionalmente. As razões propostas são bem variadas: podem ser por questão religiosa, afetiva, política e até física. Porém, quando se tratando de uma guerra, e é feita a pergunta: todas essas mortes, de crianças, idosos, mulheres grávidas, e das vítimas em geral, foram necessárias, são justificáveis? A única resposta obtida é “Não, mas…”. Não adianta tentarem achar uma razão que justifique essas perdas, simplesmente não existe. São vidas, que foram tiradas, injustamente."
A maioria das pessoas olha e considera paz como um momento entre duas guerras, uma ausência de violência. É uma definição negativa. A violência é a referência e a ausência de violência é paz. A humanidade geralmente está em guerra e uns poucos momentos de descanso, é que ocorre a paz.
É importante lembrar que , hoje em dia, os conflitos são bem mais banais e a guerra esta dissolvida pelo mundo, em cada região, cidade e até mesmo bairros. A violência faz parte do cotidiano da geração atual, principalmente por ser patrocinada pelo mundo bélico que movimenta grande parte da economia mundial.
Talvez Bob Marley estivesse certo ao dizer que ” parece que a paz só vai chegar quando o homem destruir todo o planeta e não sobrar um pedacinho sequer que valerá a pena guerrear”, e se for verdade, quantos mortos serão até lá? É cruel essa realidade que afasta a paz, e a torna cada vez mais idealizada.
“Se colocares numa parte da balança as vantagens e na outra as desvantagens, perceberás que uma paz injusta é muito melhor do que uma guerra justa”. Essa frase dita por Erasmo de Roterdam representou e representa até hoje o pensamento de milhares de pessoas que sofrem ao ver o caos das guerras e a ausência de paz no mundo inteiro. Durante toda sua história, o homem tem lutado pela preservação de seus interesses, mesmo que isso custe vidas ou a desarmonia entre os diversos povos habitantes desse fantástico planeta, mesmo que custe uma das coisas mais almejadas do munda, a paz. A verdade é que Numa época em que se fala tanto em violência, em que a sociedade sente crescer cada vez mais a criminalidade e que os governos sentem-se menos potentes em vencer a escalada dos bandidos, a conquista da paz torna-se cada vez mais um sonho distante.
O princípio de não-violência defendido por Mahatma Gandhi, enquanto vivo, se encaixa perfeitamente nos parâmetros atuais, onde a busca pela paz é cada vez mais almejada. Entretanto Aristóteles já dizia “Façamos a guerra para poder viver em paz”, em outras palavras, mo bem só é conhecido quando se conhece também o mal. As pessoas só se tornam mais unidas, compreensivas, quando algo ou alguém está passando por dificuldades, e isso pode ser percebido em qualquer lugar que se vá no mundo.
Será que nós, seres humanos, seremos um dia capazes de reconhecer que nossa estrutura física, mental, psicológica e espiritual é muito semelhante? Não somos iguais. Não há dois seres iguais. Cada um, cada uma de nós é um ser único. Mesmo gêmeos idênticos, mesmo clones. Cada experiência de vida nos transforma e nos modifica. A cada instante. Cada livro que lemos, programas de televisão ou rádio que escolhemos, cada mensagem virtual – tudo nos transforma por meio do conhecimento e da informação. Sabemos mais. Precisamos aprender a selecionar e dar foco aos nossos interesses.