Quando digo que entendo sua auto destruição, estou acobertando um suicídio.
O presidente do corpo é o coração.
Não tenho tatuagens / tenho arranhões / não paguei por eles / mereci.
Cada sorriso que me marca a face / me encera os dentes / me mascara a dor.
Um salto sem azas não se chama liberdade, suicídio!
Essa noite dormi no chão / essa manhã acordei no teto.
Livra-te dessa frieza antes de cogitar deitar em minha cama quente.
Deixe que o tempo cure essa ferida cavada a culpas jogadas sobre você.
Coração insólido, ora plumas de pavão, ora cabeça de avestruz.
Escrevo para descascar as feridas, não necessariamente as minhas.
A vida é uma cachorragem/ Uns latem fingindo raivoso / uns raivosos se calam fingindo acoados/ Ambos animais
A lembrança arde feito azeite quente quando respinga na pele.
Na vida ah uma grande ampulheta desnecessária, se eu pudesse a quebraria.
Amaldiçoado é o coração que sofre de fratura esposta.
De que adianta chorar e molhar por fora, por dentro seca.
Para definir uma pessoa, não basta apenas observar o tom das roupas que a mesma espoe no varal. É preciso essa tal sensibilidade.
De repente amar é teorema, pura lógica, de repente amar é aplicar, mas assim como a matemática na distância dos livros, se esquece como que faz, se esquece como é amar, na distância de quem sabe o que é amor.
Hoje só consigo algumas gramas do que vem a ser o eco de meus pensamentos.
A noite nada mais é do que um pé de cuturno amassando o dia numa quina qualquer / nada especial.
Consciência tranquila nos faz dormir bem até do lado oposto da cama, com a cabeça no reto e os pés no travesseiro.
Deixar de insistir nunca vai ser desistir.
A lua pode ser mais quente do que o sol / só depende do angulo em que ela é vista.
Meu caminho é onde piso / não vou adiar pisa-lo / asfalto tambem gasta.
Nada que jogue pra cima / caia machuque / cicatrize e descasque / que não deixe marca / mas lembraremos para sempre / do salto e da queda.
Não precisamos de permissão para sermos maiores do que o espaço que ocupamos no universo.