Alexandre Fortes
Menino Velho
Não sou um cara esperto
Tão pouco um gênio
Pois se me visse de perto
Veria que não sou assim
Não quero ser
maior ou melhor que ninguém
Quero ser eu mesmo
E se isso me torna diferente
Por mim que assim seja
Não sou um cara esperto
Pois se me visse de perto
Veria que sou um jovem
Com mentalidade de um velho
O melhor e pior amigo do ser humano é o seu proprio pensamento , pois ele é o único capaz de te ajudar nos momentos difíceis e de estragar os mais felizes.
Morrer sem ter conhecido novos lugares , é o mesmo que ter escolhido conhecer o mundo na teoria e não na prática
Não consigo encarar
O que parar muitos é um leve fardo
Esqueci o sentido
Das palavras do passado
Me perdi nos pensamentos
Não há sentido no existir
E se não a sentido
Então por que insistir ?
Estou cercada de indiferença
E a solidão insiste em manter presença
E se é uma das amigas que tenho
A morte é a amiga que menos temo
Assim estava escrito em um bilhete
Pois não conseguia se expressar
E por mais que não aceite
Ela se jogou da janela do quinto andar
Passe o tempo de cada dia
Diga a frase que nunca foi dita
Faça valer o tempo em vida
Não espere a chuva que nunca cairá
Escrevo o que penso
De sentimentos que não entendo
Pessoas que não compreendo
Sobre verdades não ditas
E as verdadeiras mentiras
Escrevo o que vejo
Sobre coisas que tenho medo
A Morte
Pessoas
E o tempo
Não crio mais expectativa sobre o amor
Apenas quero que ele seja
Simplesmente o que é
Sem máscaras
Escondendo insegurança
Acredito no amor como algo bom
Não como algo possessivo
Pois amor não é ter alguém
Mas sim dar motivos para esse alguém querer ficar
Passei noites em claro
Preso na escuridão do meu ser,
Apenas ouvindo as gotas de chuva
Batendo no vidro da janela
Era como se as batidas entrassem
Em sincronia com as batidas do meu
Coração... Engraçado, pois você o
Levou quando foi embora
Junto com ele o calor do meu quarto
Que hoje é apenas um espaço vazio
Cercado por quatro paredes geladas e sem cor
E hoje sou apenas um vestígio do que
Nós fomos
Metade de mim chora sempre que tem
Tempo
Já a outra metade... bem, você também a
Levou
" Por tardes inteiras me afundo em um papel
Pensando nas várias formas de conter esse desejo por você
Afogo esses desejos um tanto selvagens
Com a essência de um café que me faz
me prender nesse vício e esquecer
O bom gosto de um uísque caro
Do bar na esquina de memórias
Isso me faz não me afundar em drogas maiores
E meus vícios se prendem em algo mais simplório
Como uma xícara de café
E a dopamina liberada por mais que me faça esquecer os vícios químicos ,
Ainda não substitue a vontade insaciável
De certos puxões em seu cabelo
Em apertos nas suas curvas que me fazem morrer de prazer
E terminar com os dois suados onde as gotas
Representam lágrimas de dores sabores
Por mais que esse desejo me enlouqueça
Não consigo desgrudar dessa realidade de estar longe
E mesmo que o tempo não me mate
Até lá me Afogo numa xícara gelada cheia de vícios "