Alexandre Costa
Ilusão...
Me distraio e pego-me sonhando teu sorriso, tua voz em meu ouvido, palavra falada de fala embargada de uma garganta arranhada à me vê sozinho escutando o silêncio que expressa mais que palavras tortas. Coração cansado das escritas que não dizem nada, fita o vazio buscando o olho que fala mais alto que o grito, e teu olhar farol agora apagado me deixa ver a verdade antes ofuscada.
Minha alma de te ver é agora vidraça embaçada pelo frio que emana de teu ser, não te vejo mais como antes, es agora imagem distorcida, fantasma perdido nas tempestades de lagrimas choradas em tristes noites de chuva acida que corroem os destroços do castelo de cartas onde fiz morada e caiu sob os ventos da farsa.
Pago o preço do pecado de ter ousado amar, sonhado querer o que não se pode ter.
Esqueci, desaprendi a me viver por ter por muito tempo te vivido, minha alma agora em carne viva medita na dor suave da verdade sussurrada pela brisa soprada pelas
frestas da cabana para onde me mudei de você.
"Depois de anos na fogueira, aprendemos que é de grande sabedoria mergulhar em águas profundas e esperar o maremoto passar".
Desconfie sempre das imagens, interrogue-as e descubra que por baixo da superfície midiática existem inúmeras tramas e suas múltiplas histórias ávidas para serem contadas.
Na tentativa de decodificar os enigmas da vida, deparamo-nos com a ousadia de nosso espírito que, de alguma forma, nos instiga para os mistérios que a envolve. O problema do Ser é incontestavelmente o maior de todos, longe das incertezas da vida. É no Ser que se encontram as partículas inalteráveis da razão derradeira das coisas, da complexidade humana e da analogia da vida. A astúcia da experiência do Ser é a única porta para a realidade, se é que ela existe.
Imagem é o resultado da reconstrução mágica dos estímulos do sentido que transformam os sinais fecundos do mundo natural em percepção criadora e mediadora do ser no mundo.
A imagem necessita de estímulos para sua percepção, ao mesmo tempo em que clama por um suporte para sua manifestação. A possibilidade de acesso ao real imbrica na presença da visibilidade da imagem, tornando-se ponte para a sua existência.
A imortalidade é simbólica, escrava da manutenção de uma imagem criada, da qual somos eternamente dependentes.
As vezes aquela pessoa de quem menos se espera ea mesma pessoa que faz coisa que ninguém consegue imaginar