Alexandra Gurgel
Você prefere passar a vida toda tentando se encaixar em algo inalcançável ou lutar para se amar todos os dias?
Amar o seu próprio corpo é um ato revolucionário porque é ir contra tudo o que te ensinaram e foi construído em você. É você começar um movimento de fazer as pazes consigo mesma, de parar esse relacionamento abusivo consigo mesma e começar a se amar.
Quero que as pessoas se libertem. Ninguém é obrigado a seguir o que falam. A pessoa pode se questionar, abrir os olhos e andar com os próprios pés sem esperar validação alheia. Ninguém precisa de um “corpo perfeito” para começar a viver. Pode começar agora. Afinal, o corpo perfeito é o seu.
Eu parei de tentar me encaixar quando eu encontrei o feminismo e entendi que podia ser do jeito que sou.
A aceitação é uma prerrogativa para viver. Tem a ver com o bem-estar físico, mas também com saúde mental. Diferente de se conformar, se aceitar tem a ver com autoconhecimento, questionamento e entendimento. Que preço você paga para chegar nesse ‘corpo perfeito’? Se aceitar é primordial para ter uma vida digna.
O relacionamento abusivo mais duradouro da minha vida foi o que eu tive comigo mesma. Quando você é abusiva com você o auto-ódio toma o lugar do amor-próprio. É impossível amar de verdade quando a gente se odeia, mas reconhecer o abuso já é o primeiro passo para sair dele.
Não é porque sua amiga é bonita que você é feia. Uma beleza não tem o poder de anular a outra, quem faz isso é o patriarcado.
Responsabilidade afetiva é você pensar que o afeto dado a alguém (seja através de amor, raiva, carinho) pode significar pra esse alguém outra coisa ou muito mais do que você está oferecendo.
O segredo é ser responsável pelo afeto que tu causa, ou seja: deixe tudo claro. Sem jogos.