Alex Machado Duarte
Sozinho ouvindo e sentindo o mundo lá fora sorrindo enquanto a noite amarga segue me despindo, rasgando e dilacerando o manto da minha alma. Para ela, enudecido de mim mesmo me coloco ao centro do meu sentimento, rogo, me quebro, fico doente mas o coração pulsa sempre de forma ardente e inocente. A linda subida dos ânimos de quem quer se ver voando livremente, lá embaixo, muros de incertezas se solidificam para que eu possa me arrebentar. As vidas são esquecidas mas jamais apagadas, os olhos se reencontram e as estruturas são abaladas, meu amor vive em baladas e badaladas do grande sino da confusão e começo a imaginar a aflição do coração ao estar e suas mãos. Nada nessa vida é tão imortal quanto o verdadeiro amor porque a eternidade é feita dele e por ele me dividi para dizer - eu sou o que sou e o amor me formou-. Ao fim desse túnel de desespero espero pelo clarão da afirmação de que o amor da minha existência não mergulha mais em confusão mas sim na mansidão e no amor de meu amor que agora é também amado.
Meu amor já suportou tantas coisas, já foi chamado de fraco e de insuficiente mas suportou tanto!
É uma pena que não consigo amar a mim mesmo, porque só assim eu conseguiria me suportar.
A pessoa que te destruiu está sorrindo, festejando, estudando, dormindo um sono leve, seguindo a vida como se você nunca tivesse existido enquanto você já nem dorme com ajuda dos remédios. As bolsas escuras se formam abaixo dos olhos, o doce da vida se tornou amargo de pílulas antidepressivas e o para sempre se tornou a gota d'água que você precisava para desejar que seus olhos não vejam o sempre mas sim a eternidade.