Alex Gil Rodrigues
A coisa está tão poluída e repetitiva no mundo virtual que somos obrigados a construir cercas virtuais para manter os jegues fora de nosso silêncio renovador.
Não suporto dramas. Tem gente que não tolera lágrimas. Não tenho problemas com as lágrimas. São sinceras. Desconfio dos sorrisos.
O sorriso seduz e engana.
O drama me irrita. Coisa de gente fraca. Aversão herdada pelas lutas e dificuldades. Quem sobrevive às batalhas cria casca e não perdoa esse tipo de luxo.
Se é para lutar, estamos aí. Se é para morrer, vamos em frente!
Só os fortes e os injustiçados carregam essa energia.
Sem esperança acaba a luta.
Sem esperança a tristeza toma conta.
Sem esperança nos entregamos.
Sem esperança tudo fica cinza.
Um mundo diferente não pode ser construído por pessoas indiferentes, silenciosas, omissas e distantes.
Precisamos de gente que pare de observar, desça do muro, saia detrás das cortinas e ponha a mão na massa.
De que me adianta chorar pela morte de uma galinha se logo penso em saborear um bom assado, sem culpa.
Tempos difíceis em que vaga-lumes são aplaudidos por suas faíscas enquanto a iluminação do sol é ignorada.
Prova sol, que sabes iluminar!
Prova sol, que sabes aquecer!
Prova sol, que forneces energia!
Prova sol, que é indispensável!
Puxa sol! Por que não sabes piscar como os vaga-lumes?
No ambiente de trabalho é mais fácil domar aquele que tem sangue na veia do que ressuscitar um morto.