Alef Alves Rodrigues
Folhas em branco
Pensamentos em vão
Sonhos esquecidos
Caminhos separados
Novos rumos e novas historias a se começar
Uma nova vida a se sonhar
Um novo olhar pra se admirar
Outros sorrisos a se conquistar
Minha alma chora por algo impossível
Meu coração implora por um instante
Minha face necessita da sua
Meu jeito deseja sua apreciação
Minha alto estima reclama da sua ausência
Meu ser procura sentido nos seus carinhos
Minha vida faz caminhos em rumo ao seu encontro
A Carta
Esses dias que se passam
E eu aqui novamente sozinho
Sentado nas escuras observando
O sorriso desejado por todos
A felicidade que não sei o significado
As vontades de ser feliz
Um coração aprisionado e ferido dentro de mim
Onde não sei mais o que fazer para mudar essa minha realidade
Estou condenado a passar todos os meus míseros dias
A vagar por minhas memorias felizes e me crucificar por ser incapaz
Incapaz de lutar contra elas
Incapaz de querer voltar a sorrir
Meu doce conto de fadas despencou diante dos meus olhos
Minha linda melodia não passou de uma manha sombria aos gritos do remorso
Meu querido sol nascente não passou de um simples clarão de lagrimas ardente
A lua tão inspiradora para os amantes simplesmente se tornou num mar de escuridão
Meus sentidos nada fazem sentido
Meu caráter abatido como se eu não fosse mais um nada
O que fazer quando todos seus medos se tornam realidade?
E você só começa a perceber isso quando já é tarde demais
Ai se começa os questionamentos consigo próprio
Já não sei mais quem eu sou
Passo noites em claro em busca de uma resposta
Mais só encontro novas perguntas
Tudo que eu precisava ou que deseja ter
Eu tinha mais só consegui notar isso quando já se era tarde
Posso ser egoísta, louco, irônico, posso ser o que for mais eu também sou humano
Sinto todas as tais necessidades básicas
Sinto os temores e os amores patéticos dos seres pensantes
Crio heróis nos momentos de fraqueza e me escondo a sombra deles
Choro por tolice e me declaro por amor
Mais o que adianta ter tudo isso?
Se no final tudo ira se acabar e a escuridão dominara toda a minha visão
E todas as necessidades não serão mais sentidas e não se passaram de coisas inúteis
Esses dias tem sido muito difícil para mim aceitar a minha realidade
Tento vivenciar memorias trancadas a sete chaves
Mais delas so ouço os gritos e os velhos risos que ainda me levam aos delírios
A luz que ainda me da sanidade é a mesma que me leva ao desprezo da minha consciência estupida por pensar que um dia serei tão feliz quanto fui
Mais como sempre minhas palavras bizarras me levam a loucura dos humanos
E minha nobre imaginação simplesmente se espalha como uma explosão devastadora e rápida
Me sinto cada vez mais perdido da realidade
Não consigo mais distinguir meus sonhos imaginários da pura realidade
Estou me punindo por aquilo que eu não sei
Quando fecho os olhos penso que estou no paraíso mais logo descubro que não passa da simples e calma ilusão do querer
Todas as cartas que escrevi com as palavras inexplicáveis e totalmente perplexas para os seres que não amam, jamais serão abertas ou se quer entregues ao meu amor
Todos aqueles sorrisos que estão gravados no baú da saudade ficaram lá mergulhados nas lagrimas do desprezo
E o seu rosto que desenhei em breves rascunhos em folhas amassadas aquelas que guardei na gaveta da solidão, as queimarei para não me acorrentarem mais a você
Tudo aqui me tortura e me leva a um breu de ideias medonhas e medos desesperadores, arrepiantes todo o indesejado pelos que fogem do seu velho amor, mais como sempre as nuvens que tem formas tao graciosas e infinitas de se ver, mostram-me o teu rosto angelical só para me entregarem nas garras da perdição
Tento descrever a ti tudo que vem afligindo minha pobre carne humana
E minha querida alma tão abatida e rasgada pelas facas da separação
A tão trágica humilhação de um ser incompetente, as cicatrizes não vistas pelos seus olhos que me vê sorrindo e que por dentro onde somente sinto, esta sangrando sem parar
Pedaço por pedaço de mim tem uma pequena parte sua
Me diga como poderei lutar contra um inimigo que não se pode ferir?
Como poderei mata-lo se apenas ele me atingi e que infelizmente não me deixa marcas na carne e sim na minha existência patética
Se um dia você ler esta carta, saberá que tudo que ela diz não passou de um belo momento de algo que não se pode decifrar e muito menos voltar no tempo para que nada disso tivesse acontecido ou que essa carta nunca tivesse sido escrita
Mais ficai feliz essa carta não passa de um simples fruto da imaginação solitária de uma pessoa cujo único saber foi dizer “Eu Te Amo”.
Preciso de um detalhe teu novamente, seus rastros começaram a sumir de mim
estou voltando a estaca zero, em meio a noite, novamente vazio,
sozinho caminho com lembranças da sua mão segurando-me para não cair.
Você me salvou de mim, mais agora estou só, agora serei eu contra o mundo?
Estou com medo, estou, minha voz se calou, e seus olhos agora me cegam,
sua voz volta a me torturar, as luzes do meu quarto já estão apagadas.
Os monstros de baixo da cama temem a mim, a lua se esconde atras de nuvens
escuras, estou só, estou detalhando você em meio do nada, as cores se voltam
meus olhos se abrem e la estou eu indo de volta ao computador, para te contar
desse pesadelo, para lhe contar desse medo, para lhe contar que ainda continuo aqui.
Silencio, silencio, silencio
Tudo que escuto destas vozes pertubadoras
Como um espelho refletindo meus medos
Como um oceano me levando em ondas as profundezas
Silencio, sim eu posso escuta-los
Estão por toda parte, silencio
Um calafrio repentino bateu na pele
A janela se abriu, o vento jogou minhas frases ao chão
As melodias voaram por um instante no ar
Silencio, me condenaram a falar ao meio do nada
Silencio, escute-me em segredo
Ah mais de uma maneira de ouvir minha voz silenciosa
Ah mais de uma maneira de me amar quando minha voz se nega a sair
Me ouça ou perecerei em silencio