Alcindo Almeida
A vida com Deus é plena, não repetitiva. E na caminhada O Eterno Deus quer que tenhamos frutos e que marcam a nossa jornada para sempre.
Deus nos chama a pararmos de nos esconder e, abertamente, nos aproximarmos dele. Uma forma de fazermos isso, é dizermos para ele quem somos. É dizermos que somos pecadores, necessitados e carentes do amor e da graça dele.
Com o pecado de Adão no Éden, perdeu-se tudo. Depois da queda, quando Deus veio encontrar-se com Adão, a reação dele foi que, quando ouviu a voz de Deus no jardim, ficou com medo. Medo porque estava em falta com o seu Criador em algo. E de lá para cá, ficamos até com medo de nós mesmos por causa do efeito terrível da queda.
Não sei que ideia fraca é essa no meio "protestante" que a gente não tem que passar pelas lutas e dissabores da vida. Como se nós estivéssemos numa bolha protegidos de qualquer vírus da dor ou sofrimento. Mil vezes não!!! Somos humanos e, por isso, sofremos, choramos e lamentamos as durezas da nossa caminhada!.
O orgulho é uma ilusão que se traduz na ideia de que nós temos total competência sem Deus. E que conseguimos dirigir a nossa vida sem a graça e cuidado dele. Triste ilusão mesmo, porque nem o ar conseguimos dominar!
Meditando em II Coríntios 4.7
Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Quem brilha é ele e não nós.
O tesouro é Cristo e nós somos o barro. Quem brilha é ele e não nós. O poder e a excelência são dele nunca nossa. Não fazemos nada para nós mesmos e sim para ele e nele, para a glória dele. Paulo foi uma pessoa que não deixou seu ego inflamar e por isso, teve consciência do tesouro Jesus no seu coração.
Uma pessoa com o self satisfeito não se deixa abater pelas circunstâncias e nem pelo que os outros pensam. Uma pessoa orgulhosa só olha para si e jamais para os outros.
Se seu self produz humildade, o ego está satisfeito, nunca inflamado. Então a auto confiança com humildade gera graça na vida, nunca soberba e orgulho.
Minha mente e meu coração refletem sobre o Natal: Num momento o Deus-Filho se fez homem e isso é se tornou o momento eterno na redenção de pecadores como nós.
O Pai nos liberta de um mundo fechado e egocêntrico para o das relações e afetos. Ele nos liberta dessa individualidade que nos faz sentir órfãos em potencial. Ele nos dá identidade no meio dessa orfandade. Ele nos dá sentido no meio do mundo perdido e superficial. Que nós busquemos o referencial no amado Aba Pai, aquele que nos dá sentido e identidade.
A unidade acontece mesmo no meio da diversidade. Podemos ter unidade mesmo pensando diferentemente. Os estilos precisam cooperar para o bem do casamento. A unidade é um ponto precioso para a relação a dois. A unidade é a diversidade transformada em harmonia.
Somos amados por este Deus de propósito. A nossa vida não é um achado. Estamos na agenda eterna de Deus por amor. Nossos pais podem nos esquecer, os professores podem nos negligenciar, os filhos podem ter vergonha de nós. Mas, no alcance das orações está aquele que criou os oceanos: Deus! Ele se importa conosco. Deus se importa!