Alan Brizotti
Paulo compreendia muito bem a dinâmica característica da igreja como um dado histórico social, feita de gente. Ele sabia enxergar a igreja como sendo divinamente instituída, porém humanamente constituída, vivendo sob o paradoxo de lidar com verdades eternas em mentes temporais. Suas cartas eram esforços relacionais, recheadas de cuidado, carinho e desejo de que a fé fosse legítima e bem fundamentada, digna de imitação.
Quando temas tão profundos como a escatologia se tornam obsessivos, as leituras desequilibradas ou apressadas, podem se tornar graves problemas para a experiência comunitária e o exercício da nossa fé.
Deus nos criou para manifestar Sua glória e dar-nos vida eterna em comunhão com
Ele. Nossa desobediência interveio, entretanto, e nos colocou em estado de
condenação. Viemos a esse mundo alienados de Deus e em estado de rebelião. De
fato, as consequências catastróficas do pecado são tais que não somos capazes de
restaurar os laços quebrados da nossa união com o Pai. é por isso que somente à luz
do que Deus fez é que vemos a completa enormidade de nossa perda.
A paz também deve estar na mente dos poderosos e das nações da terra, pois seus resultados são virtuosos. Paz também é a palavra de relacionamento entre Deus e o homem, garantido pelas alianças de Deus para conosco (Is 54:10; Jr 29:11).
A paz em casa é a vocação do cristão, porque serve até mesmo de
testemunho da ação de Deus na vida e na família.