Airson Oliveira
SAUDADE
Saudade porque maltrata desse jeito minha vida,
que sofre sem ter guarida e aos pouquinhos me mata.
Você chega de mansinho se apossando do meu ser,
torturando o meu viver, interdita meu caminho.
E me fazendo de ninho vai furando como espeto,
tal qual coroa de espinho faz ferida no meu peito.
Já não sei o que fazer saudade do amor bandido,
fui banido por você e meu coração foi ferido.
Outrora eu fiz um pedido ao fogo da paixão,
que apagasse a solidão e currasse meu suplício.
Hoje sei que a saudade manda no meu coração,
e mesmo causando dor, é melhor que a solidão.
PEDAÇOS DE MIM
Ao longo da vida eu morri muitas vezes,
matavam-me mesmo talvez sem querer.
Como uma fênix, o meu ser ressurgia das cinzas,
mesmo assim, faltavam pedaços de mim.
Eram insinuações endrôminas que me atingiam,
como gládios, palavras me feriam e fazia sofrer,
alanceado, rios de lágrimas de minha face desciam,
formando lagos de angustias ao escorrer.
Se de um lado, a regurgitação queimava o corpo.
do outro, o fogo da paixão me alimentava o ser.
Benditas as mãos do amor que me retiraram do poço,
acolhendo-me, dando carinho e eu voltei a viver.
Hoje restabelecido por uma grande fonte de amor,
incondicional, esse sentimento me toca.
Assim, insinuações não mais me causam dor,
nem palavras tiram mais pedaços de mim.
Airson Oliveira
JESUS
Pregava o amor
Falando até em parábolas
em uma mensagem direta
para os pastores de cabras
alguns tentavam entender
o porquê que Ele pregava:
“Apascentai meu rebanho,
sejam pastores de almas”.
Recordando as lembranças
de planos traçados, e também
planejadospara depois realizar,
fez lembrar-me que o tempo
levou os meus anos,
e também alguns planos,
sem deixar-me sonhar.
Pedaços de todos nós!
Um dia imaginei sim ser poeta,
ou,talvez, um escritor de versos,
para exaltar a poesia parodiando
os sentimentos inspirados no coração.
Queria pautar em linhas as emoções mais íntimas;
metrificar alegrias,tristezas, dores e amores,
a solidão, a paixão, o medo, a frustação, a fé,
a esperança e a gratidão, enfim tudo,
que meus sentimentos pudessem exaltar.
Ao revelar-me em pedaços de mim,
tentando partilhar em versos toda inspiração,
queria passar para o leitoruma situação
ou um lugar, onde ele quem sabe,pudesse se identificar
ou se encontrar, congraçarque toda vida em pecado
deveria ser contida,que o alimento de um cristão
é a comunhão do pãoe que Jesus Cristo
é o caminho, a verdade e a vida.
(Airson Oliveira)
O Bom ...
É escrever poesias, denotar
sentimentose depois divulgar.
É viver cada dia, aproveitar os
momentos e ter alguém para amar.
É ser um bom cristão, pedir perdão
dos pecados e se alimentar do pão.
É ter muitos amigos, é fugir do
do perigo, ser feliz e cantar.
LEMBRANÇAS
Recordando as lembranças de planos traçados,e também planejados para depois realizar,fez lembrar-me que o tempo levou os meus anos e também alguns planos, sem deixar-me sonhar.
Lembrei dos amigos dos tempos passados edas amizades que queria manter, da infância vivida, dos amigos do peito, de fato bem poucos consegui reaver.
Lembrei dos amores que tive ao meu lado, edos beijos molhados a um bel prazer, alguns dos amores marcaram de fato, mas outros sequer voltaria a querer.
Lembranças, lembranças vividas, lembranças que eu consegui reviver
algumas lembranças são muito benvindas, mas outras de fato, eu prefiro esquecer.
Lembrei das feridas e das marcas da vida que talvez me levassem a um padecer, as feridas sararam eram todas benignas, eas marcas sumiram, não da mais pra ver.
Lembrei de um jardim que um dia eu plantei edo chão que adubei pra nascer uma flor, dos momentos felizes que eu partilhei, edo arbítrio infeliz que alimenta uma dor.
Lembrei das perfídias que um dia ouvi eda promessa que fiz seguindo um andor, das línguas de gládios tentando ferir, eda decisão que tomei para curar essa dor.
Lembranças, lembranças vividas, lembranças que eu consegui reviver
algumas lembranças são muito benvindas, mas outras de fato, eu prefiro esquecer.
Às vezes...
Me procuro no escuro do meu
quarto e não me encontro.
Nesse desencontro a madrugada
dá morada ao poeta, que,
iluminado pelos sentimentos,
cultiva sementes de letras
e versos de amor,
nas páginas de um caderno.