Ailson Lovato
Não sou do tipo herói,que salva a mocinha e ela fica apaixonada, sou mais o vilão que mesmo sendo mau a surpreende com um beijo inesperado.
E de repente pousou em meu ombro uma borboleta,naquele instante pensei em você, tendo me escolhido para amar.
Era noite de inverno; estávamos diante de uma lareira nos aquecendo, tomando um delicioso chocolate quente debaixo do macio cobertor. Você disse que me amava e é esse nosso filme.
Hoje,tudo aquilo que me fazia mal e me deixava triste ,eu piso por cima, assim como uvas sendo transformadas em vinho.
Pude perceber que a vida me ensinou o quanto temos que ser fortes,para superarmos a dor de perder alguém.
Tenho pena dessas borboletas que se prendem no meu quarto,sendo que a janela está aberta para elas descobrirem um mundo.
Tenho medo desses espíritos que me rodeiam.Suas vozes atormentam minha cabeça e eles me pedem para fazer coisas macabras,das quais não sairei vivo.
Querido, lembre-se que eu sou uma princesa. Ta, que ás escondidas você gosta que eu seja feroz e selvagem,e pede que eu te seduza, mas agora não. Não aqui. Sou moça delicada,esqueceu? Preciso me comportar.
Para amor. Não abusa de mim, assim como você faz com chocolate naquelas nossas noites. Lembra? Que incrível, não é mesmo? Então não abusa. Doce de mais enjoa e a noite ainda nem chegou. Ah! Faz assim não. Para amor.
Desse jeito mesmo. Isso vai. Me beija, me morde. Abraça bem juntinho. Beija de novo. Assim. Perfeito. Vem aqui, vem. Ei! Não corre não. Quer brincar de caçador, é? Então ta. Corre minha fera. Vai se esconder. E quando eu te encontrar, me mostra seu lado selvagem.