Adriel de Souza
O Amor tudo crê
Tudo é muita coisa
O Amor tudo espera
Tudo é muita coisa
O Amor tudo suporta
Tudo é muita coisa
Ser pleno em qualquer um desses requisitos
Exige fracassar miserável nos demais
Tudo é muita coisa
E ser humano é pouca coisa
Concluo,
Amar não é humano,
É dom de Deus
Música é arte
Nela se tem o equilíbrio do
Grave com o agudo
Notas longas e curtas
Fortes e leves
A pressa e a pausa
O som e o silêncio
Amar é arte
E eu estou fora do ritmo
vida
Complexa como o todo
Mesmo assim é parte
Parte que se finda no outro
vida que vive, não para mim
Mas para Vida que tem dentro de si
Enquanto estávamos juntos
Dei a ele minha lamparina
E assim,
Via ele e o mundo
Partiu ele com minha lume
e o breu não me deixou impune
Não é à toa que o Amor é como o fogo
Aquece e ilumina
e no escuro aprendi
Amor não se dá, se compartilha
Meu quebra-cabeça
veio com uma peça faltando
Mas só descobri qual faltava
Quando a maior parte,
montada estava
Enquanto de mim, pouco sei
Muitos encaixam
Quando mais de mim eu soube
Só um encaixou
Amor, amigo do ardo
Ardor, colega do tempo
Habitantes da complexidade
Visitam a poesia,
Minha cidade