Adriana Vieira
Guia dos invejosos!
Se você gosta de cuidar e dar palpites na vida dos outros, ai vai algumas dicas pra você: antes de olhar para os outros em busca de erros, olhe pra sua vida e veja o quão errado você é. Antes de especular a vida alheia, procure ocupar seu tempo com algo produtivo como um emprego, ou até mesmo se mexer, sair desse mundinho de gente abitolada que nao tem capacidade de conquistar as coisas por si só. Mas agora se você é desses que trabalha o dia todo, estuda, tem uma profisssão, amigos, parentes, filhos e mesmo assim acha tempo pra falar da vida dos outros ai vai a melhor dica de todas: VÁ CUIDAR DA SUA VIDA! Sei que muitos vão ler esse texto e vão se identificar. Se você é um deles, parabéns, ainda há uma chance pra você, porém se você nesse momento pensa: eu não faço isso! Saiba que pra você não existe salvação. Que pra você, caro leitor, não há uma chance se quer! Por que você já começou errado. Está lendo um texto que não está escrito no seu orkut. Esse recado não está no seu email! Mas continue, prosiga. Um dia você chega onde eu estou! Sua inveja é o meu sucesso. Invejoso é que nem coveiro. Cava as covas dos outros, mas um dia vão cavar a sua!
Passagem
Não quero lembrar o meu
Leito de morte, das dores
Perdida no tempo da escravidão
que se encontrava o meu ser.
Do mundo parado na solidão
Profunda do mar envenenado
onde as lágrimas que rolavam dos meus olhos
descarregava toda a dor do meu ser.
não quero lembrar o sofrimento agudo de
quando apago as luzes do meu quarto,
E chorando às vezes da lembrança
Que motivou essa eterna solidão,
Quebrada apenas pela passagem
Sublime da ternura do ser da fotografia.
Passagem de uma vida que busca
Na esperança, em que o tempo
Passa-se na embreagem do viver.
A solidão busca espaço contradizendo
O coração que esta querendo esquecer
o ser da fotografia, que insiste em permanecer,
No caminho do meu viver.
Mais tão contrario é o caminho
Dos que buscam acalentar o vazio
Do coração... E assim, querendo apagar
Da memória a inspiração que me fez
Sonhar, desenhar, pintar,
O conto de fada que não se
Realizou... E o amor... Ainda existe,
Apesar da dor... Dor... Do desconhecido... Há coração
Que conheces a dor... Dor da rejeição... Da luta, por
Um pouquinho desse amor que vive na passagem
do tempo de um coração sonhador.
Passagem talvez comprada no sonho
Naquela rodoviária onde os corações
Esperançosos fazem parada.
Um lugar do passado onde
Encontram-se belos motivos
Para não parar de sonhar.
E a lembrança do ser inspirador
Retratado com zelo e esplendor,
Surge por entre as estrelas na noite
Invernada nas montanhas desertas
Do coração que apela por um
Pouco do seu amor.
Viajar
Pelo mundo quem sabe vou
Nos caminhos que hei de andar,
Encontrarei motivos que me
Despertem para uma arte e
Faça-me querer encontrar o
Caminho para acalmar a
Inquietação do meu ser.
Há... Que doce sentir o vento
Na janela do trem, ver as matas
Verdejantes com a corrida do trem.
Trem da vida,
Trem da esperança,
Do amor que estava
Sentado ao meu lado,
Com sorriso nos lábios segurava
A mão de sua amada.
Mãos calejadas pelo trabalho
De uma vida que passaram juntos,
Pele sensível, visível, pois a idade
Já lhes apareceu, mais o amor...
Aquele amor... Que pensamos que
Perdeu-se pelo tempo... Há! Este permaneceu.
As rugas nos rostos, a singela marca da grandeza
de uma alma que viveu a mais bela historia de
amor para contar.
Que conselhos teriam para mim para meu coração que
Vives a sonhar...
Exemplos de vida só tenho a copiar,
Pois vivo a pensar que ainda vale
A pena amar.
É difícil encontrar neste mundo... Alguém que tanto lutou, tanto sofreu...
Encontrar a cada dia mais vitalidade... Ir cada vez mais profundo...
E nos mostrar tudo o que conheceu do mundo...
Ensinando-nos o caminho para a felicidade e a sabedoria
Da palavra amar.
E quando a sua idade chegar não queira esta em um sofá,
Sozinho sem ninguém para amar... Queira esta com alguém...
Que te ajudou a caminhar,
Segurou sua mão,
Enxugou suas lágrimas,
No dia a dia do sofrer.
E essa cena dentro do trem vem acumulada
Do saber... Aquele doce saber de amar...
Amar a beleza contada nas entrelinhas
Das rugas da vida.
E os olhares são como os do primeiro
Encontro... O tempo passou...
A beleza já não é a mesma... Mas o amor. Há! O amor...
Estes continua sendo o mesmo desde
Quando suas imagens refletiam-se no espelho
Sem as marcas da vida que lhes fizeram
Namorar.
Eternizar
A arte me faz eternizar a inspiração
Que me faz sonhar.
As pinceladas são como as batidas do meu coração
Que trazem historias para contar.
Eternizar...
Eis a questão que me faz sonhar e desenhar.
Com as pinceladas do meu coração vou
Retratando a amizade e a humildade
Que a imagem transmite aos corações,
Não tenho o conhecimento da vida do
Retrato a desenhar,
Mais transmito os sentimentos que meus
Olhos veem com o toque de carinho
Expressos nesse abraço fraternal.
Quisera Eros acertar-me com sua flecha
Para poder sentir esse dia e desenhar
Com toda harmonia o que essa imagem
Transmite ao olhar.
Se o tempo voltasse atrás pedira a Éolo
Que me levasse com sua brisa leve e suave
Ate esse dia para ver o que essa imagem diz
E poder pintar todo o sentimento transmitido
Naquele momento
Caminhar
Ao longo do caminho entre
As pedras e os espinhos,
Ainda existe vida escondida entre
Os ninhos feitos da relva encontrada
Pelo caminho deserto que espera
Alguém para passear em um coração
Que se encontra aberto.
Ao longo do caminho da vida ainda
Existem espinhos dos erros cometidos
Que fazem amadurecer nosso jeito
De ser diante do caminho da vida
Que tem tanto para nos ensinar.
E nesse caminhar cheio das encruzilhadas
Da vida ainda se pode encontrar
Um pouco daquilo que chamamos de
Amor... Para se doar.
Fuga
Hoje eu não queria escrever
Só queria curtir o meu sonho de
Desenhar alguém que nunca vi.
Mais de repente veio com exatidão
A imagem de um anjo que vivia sentado
Naquele banco na beira da estrada,
E percebi que eras tu que eu via mais
Nunca conseguia enxergar tuas belas
Asa invisível da qual sempre quis
Para me abraçar.
E o tempo passou correndo....
Tempo que é tempo, passa correndo feito furacão,
Que nem um trenzinho cheio de vagões, em cima dos trilhos..
Deixando a saudade do anjo que só vi em foto.
Perdida, tento encontrar a sua face em meio a
Escuridão e pequenos focos de luz me
Dão inspiração para completar a arte,
Criação que sai do meu coração
Passagem de uma lembrança
Veio-me como uma canção
Desesperada
Como vento que levou para
Beira da estrada,
Onde passava a dor que repousava
No cantinho do caminho.
Na beira da estrada um
Banco vazio, exprimia
Todo sentimento
Daquele que sentava ao vento,
Para transformar em arte todo
O seu pensamento.
Da janela do ônibus uma linda
Imagem via,
O banco onde um anjo sentava
Transbordando de alegria
Dos dias que passou a me vigiar
Das tristezas encontradas pelo
caminho.
Nessa viagem onde a vida
Passa por três estações,
viver,
Experiência
e recordação,
Ele apareceu mais uma vez
Para me dizer adeus.
E no silêncio dessa viagem
Onde via da janela do ônibus
O banco passar,
Descobri que metade de mim é partida
E a outra metade recordação.
Renascer
Ressurjo das minhas cinzas
das cicatrizes do meu ser
onde vivia a me esconder das coisas
que me faziam sofrer.
Da janela olhava a vida que
passava na escuridão das noites
das profundezas mais tenebrosas,
do mundo sombrio e gélido do esquecimento
do meu ser.
E da morte renasci das cinzas a vida,
como uma passagem dolorida mais precisa,
me desfazer dos paradigmas, das inseguranças
e medos do meu ser.
Ressurjo....Renasço....Sou Fênix.
Sou um pássaro de fogo,
Um lindo e delicado pássaro,
Talvez quem sabe até perigoso...
E apenas aqueles que não temem
se queimar nas minhas labaredas ofuscante
soltas pelo ar como bailar de minhas asas,
E que conseguiram conhecer os meus encantos e segredos