Adriana Adam
Toda mulher sábia encontra na sua ancestralidade a inspiração da força que carrega no peito, a sapiência pautada no caminhar de seus dias de vidas de lutas gravadas em todas as suas células. Toda mulher que se conhece, no âmago do sagrado, sabe onde pisa tal qual uma fera que espreita e analisa seu entorno para a passagem e aprendeu a defender-se só. Toda mulher que aprendeu a pensar segue o caminho da coragem e da força, e na sua inteira capacidade, inspira e acolhe, orienta e compartilha, com sangue e presteza de uma guerreira que o tempo moldou com preciosidade. Toda mulher que sabe, é.
Adriana Adam
Há de se ter, um pouco disso, e daquilo, mulher que passa. Além do obvio do dito.
Um pouco do não dito, dito e feito.
E um pouco de uma graça, na taça.
E também de um perfume, sim, mas não tanto que repila, nem tão pouco que nem instiga, mulher tem que ter, a média do equilíbrio, para levitar.
E tem aquele algo também, é como assim, dizer sem nem falar. É feito a suavidade de uma brisa, que chega. Silenciosa. Com uma escuta fina de vento. E um olhar de tempestade.
Nuance, um lance, uma mulher quando encontra a si, se vislumbra assim, devagarinho, sem pressa de fazer sentido, sendo uma coisa dela, livro escrito, com páginas em branco, espaços, janelas… e esconderijos indecifráveis.