Adolfino Ramos Aquino
Hoje Sonhei!
No meu sonho havia
Uma explosão de cores
Solicitude que completa
E uma paz profunda...
Quem sabe amanhã
Já não seja
Apenas um sonho...
Lucas, vinte e dois anos, Helena, vinte o são,
Como pai, meu amor é incondicional, sem não.
Lembro dos lugares que chamamos de lar,
De Cachoeira na Bahia a Belo Horizonte a brilhar.
Sei das lutas e dos sacrifícios que enfrentaram,
O quanto de sonhos e desejos renunciaram.
Lamento pelos momentos de peso que causei,
Pelas tempestades que em suas vidas deixei.
Conviver comigo, não foi tarefa fácil, eu sei,
Impulsivo e estourado, erros cometi, chorei.
Busquei dar o meu melhor, com força e devoção,
Hoje sinto falta, em meu coração, de sua conexão.
Orgulho sinto pelo que vocês se tornaram,
Lucas e Helena, a quem tanto amo e admiro, aclamam.
Vista chinesa, Paineiras, na memória esculpidos,
Intensidade do amor, na intimidade compartilhados.
Te amo profundamente, minha promessa inquebrantável,
A menos que me expulse, nosso laço, imutável.
Para a mãe dos nossos filhos, Cecília querida,
Neste Dia das Mães, minha homenagem comovida.
Você sempre foi uma mãe protetora e dedicada,
Seu amor pelos nossos filhos jamais será apagada.
Com 22 anos, Lucas traz consigo sua essência,
Fruto do seu cuidado e da sua paciência.
E Helena, com 21 anos, carrega em seu ser,
O amor materno que a ajudou a crescer.
Você se doava pelos filhos, sem hesitar,
Buscando sempre o melhor, o caminho a trilhar.
Sua entrega e renúncia em prol da família,
São testemunhas de uma mãe que brilha.
Sofredora, porém prática e justa em sua ação,
Ensinou-lhes princípios, com amor e devoção.
Como uma cristã fervorosa, guiou seus passos,
Plantando em seus corações amor e compassos.
Hoje, mesmo que nossos caminhos tenham se separado,
Sua essência materna nunca foi apagada.
No coração de Lucas e Helena, seu amor reside,
E por toda a eternidade, ele sempre persiste.
Cecília, neste Dia das Mães, quero lhe agradecer,
Pelo amor incansável que nos fez florescer.
Sua dedicação e entrega não têm preço,
E sempre serei grato por tudo o que fez.
Que a vida lhe presenteie com felicidade,
E que sua jornada seja cheia de prosperidade.
Você é uma mãe extraordinária, além de ser,
Um exemplo de amor, força e mulher.
Feliz Dia das Mães, Cecília,
Que a luz divina sempre a guie com alegria.
Você é amada, admirada e valorizada,
Uma mãe especial, eternamente celebrada.
Nas águas calmas de Maceió,
Uma mãe lutadora, Emily eu vejo,
Nascida no berço da brisa,
Com um coração cheio de divisa.
No peito dessa mulher valente,
Bate o amor de forma latente,
Mãe dedicada, força e luz,
Mesmo distante, nunca a sós.
Divorciada, enfrenta a tempestade,
Mas não perde a sua identidade,
Ergue-se forte, com garra e fé,
Na busca por dias de bem-querer.
Lágrimas caem, instabilidades chegam,
Mas seu sorriso jamais se apega,
Em cada batalha, ela se ergue,
Com amor e coragem, sempre segue.
A saudade é uma dor que atravessa,
Mas o amor une e a fortaleza,
Mesmo distante, ela se faz presente,
Em cada pensamento, em cada mente.
Seus abraços são laços de ternura,
Transbordam carinho e doçura,
Ela luta por um futuro melhor,
Pela felicidade do seu maior amor.
Mãe de um filho, amor incondicional,
Mesmo longe, é seu porto principal,
Nas palavras que escrevo e declamo,
Ela encontra o afago que tanto clamo.
Mulher guerreira, mãe do coração,
Um exemplo de superação,
Neste dia das mães, quero lhe dizer,
Sua força e amor, Emily, jamais vou esquecer.
Que as estrelas lhe tragam esperança,
E a vida lhe traga bonança,
Você é um raio de luz a brilhar,
Um símbolo de amor a desabrochar.
Mãe de Maceió, de coração valente,
Mesmo distante, seu filho a sente,
Você é amada, Emily, mulher admirável,
Feliz dia das mães, inesquecível!
Nas terras da Bahia, o irmão querido,
Com palavras de afeto e carinho compartilhado,
Envia uma poesia à Adalvanir, sua irmã,
Mãe guerreira, exemplo de força, amor e manhã.
Adalvanir, minha irmã de coração nobre,
Enfermeira incansável, tão admirável e sobre,
Mesmo distantes, sinto seu amor a nos guiar,
Através das palavras, quero lhe homenagear.
Sei que na Bahia, você está longe de mim,
Mas minha admiração por você não tem fim,
Trabalhando em hospitais, dedicada a salvar vidas,
Com seu dom de cuidar, você traz alento em despedidas.
Neste Dia das Mães, quero lhe expressar,
A gratidão por tudo que você faz, sem parar,
Mesmo com a distância que nos separa,
Seu amor transcende e nos ampara.
Pamela, sua filha rebelde, em sua jornada,
Sabe que pode contar com sua força e encarada,
Seu coração de mãe é um porto seguro,
Guiando-a com amor e abraço apertado, puro.
Adalvanir, minha irmã na Bahia querida,
A saudade aperta, mas sinta-se acolhida,
Seu exemplo de superação nos inspira,
E seu amor incondicional, nunca expira.
Que a Bahia lhe envolva com calor e carinho,
E que a vida lhe presenteie com caminhos de vinho,
Adalvanir, minha irmã guerreira e leal,
Feliz Dia das Mães, mesmo de longe, especial!
No universo em bloco, querida,
Nossas vidas se entrelaçam, compartilham a vida,
Passado, presente, futuro, no abraço unido,
Nossa história eterna, amor em dimensão vivida.
No passado, nossos olhares se cruzam,
No presente, nossos corações se abraçam,
No futuro, nossos sonhos se realizarão,
Num tempo sem fim, nossa paixão brilhará.
Nossos momentos, como estrelas no céu,
Brilham no eterno espaço-tempo, sem cancelar,
Cada instante contigo é uma obra-prima,
No plano único do tempo, nosso amor não tem par.
És minha constante na dimensão que se estende,
Nossa história de amor, sempre se acende,
No presente perpétuo, te amo com fervor,
Para sempre serás meu amor, meu tesouro, meu valor.
Mesmo se um dia escolheres distante partir,
Meu carinho por ti continuará a existir,
No vasto universo, onde quer que estejas,
Quero que saibas que sempre te quero bem, minha manhã.
E quando esse dia certo chegar, querida,
Que encontres a felicidade, seja onde a vida te guiar,
Pois meu desejo mais sincero, com amor sem fim,
É que, ao partir, esteja feliz, e o universo sorria para ti.
Na primavera, uma dor aguda me feria,
Como uma faca cega, a alma me perfurava,
Esquecemos a dor, com o tempo, se esvaía,
Mas esta é diferente, a alma que se descolava.
Uma ligação profunda, de almas entrelaçadas,
Agora se desfaz, aos poucos, lentamente,
Sinto-me expulso, em suas vidas apagadas,
É uma dor que machuca, profundamente.
Mas ela é única, essa ligação transcendental,
Nunca mais sentirei, esse tormento profundo,
A última a quem me liguei, é especial,
E nesse adeus, encontro algum consolo, neste mundo.
Primavera levará a dor, com o vento a soprar,
Memórias perdidas, mas o amor perdurará,
A ligação se foi, mas em meu coração vai ficar,
A saudade, a ternura, para sempre irá brilhar.
Sabe, Amor, estava pensando hoje sobre a vida. Desde os 46 invernos, 46 primaveras, 47 verões e vivendo meu agora o meu 47 outono.
Percebi, aqui caído nesse precipício, no qual estou já fazem quase dois anos, por caminhos que escolhi traçar, caminhos longe do sol, regados pelo frio sombrio da noite, que a vida não é um fim, não é um resultado. É um conjunto dos momentos, todos os momentos, que vivemos durante nossa caminhada. E como será o fim da jornada, depende de como olhamos, de como apreciamos, de como conseguimos entender a beleza, a intensidade, o sabor, a textura desses momentos, sejam eles bons ou ruins, doces ou amargos, sonhos ou pesadelos. De como aceitamos as cores que cada um desses momentos, caminhos, cultivou e que envolve nosso ser. Não existe nada que não devíamos ter vividos. E por pior que pareçam, por mais terríveis, por mais sombrios, sempre haverá uma beleza exótica que podemos encontrar e que, ao contemplar e viver, passou a fazer parte de nós e nós fazem únicos.
É nesse momento que precisamos encontrar a paz de saber que um dia, um momento, em um dos caminhos, seja ao sol ou ao luar, chegaremos ao fim. Onde não haverá mais caminhos, momentos, sabores, nada a contemplar mais. O fim de tudo é inevitável. Pena que quando jovens, pensamos que a maior conquista é alcançar a vitória. Ignoramos que a real vitória da existência, de forma dúbia e antagônica, é também o fim de nossa jornada.
E quando percebemos que a vitória é o fim, é não mais caminhar, não mais contemplar, não mais saborear, não mais sentir a textura, essa vitória, esse fim perde o sentido. Percebemos que o que importa são as coisas que são inevitáveis, ou seja a caminhada, a jornada, a luta, os momentos, o amor, a intensidade, as cores e ver e encontrar a beleza até naquilo que achamos mais improvável que exista algo belo. Seja as coisas que criamos, que achamos,vá esquerda que tomamos quando tudo nos leva para a direita. Como vivemos, como avançamos em busca do que sabemos que nos marcará para sempre. E quando esquecemos isso, um grande "se" invade nosso ser, e mesmo ao chegar na linha final, ganharmos a vitória tão almejada, podemos nos deparar que perdemos o mais importante: o caminho, os momentos, as cores, sabores, a vida... perceberemos que muito do que ouvimos e seguimos apenas nós limitou realmente de guardar e viver o que era realmente valioso.
Tem um poema se Dylan Thomas, que reflete tudo isso. "Fúria contra a luz que já não fulgura". Quero que você imagine. Estamos cercados de tantas coisas que estão ali apenas para ofuscar e desviar nossa atenção daquilo que realmente importa em nossa caminhada. Algumas sombras, que às vezes nos dão tanta certeza de que estamos vivos, que estamos cercados e de que finalmente encontramos o grande significado. Para ver mais adiante de que não passava de uma sombra, que ao anoitecer some sem deixar rastros e simplesmente a amargura de ter deixado essas sombras desviarem nossos olhares daquilo que era realmente palpável e eterno. E por causa disso, deixamos de nos comprometer e apaixonar em abraçar a vida. Em viver o que muitos achavam improvável, mas que no final, veremos que era o mais provável para nós.
A paixão não está em lutar para alcançar, mas sim em viver o caminho. Em não se render frente as ondas, opiniões, preconceitos ou mesmo as dores e feridas que adquirimos na jornada. Mas, ao invés de se render, escolher a "fúria". A fúria contra a luz que se apaga. A fúria contra tufo que se opõe em fazer com que possamos contemplar o caminho, a jornada. A fúria contra as sombras que são colocadas a nossa volta, por melhor que sejam, mas impendem de ver o palpável e real, e de viver momentos únicos que nos completariam e evitariam uma lamentável tristeza do "e se..." A fúria de proteger o amor, e de escolher vivê-lo apesar de tudo. A fúria em não querer a ambiguidade de receber a vitória e com ela o fim de tudo. Ter a fúria de viver intensamente, mesmo sabendo que a luz ainda continua se apagando.
Me lembro de estar sentado no Arpoador e vendo o sol descendo. A luta do Sol contra a sua eminente derrota para a fria noite. Me lembro da sensação, de ver que mesmo no último instante, quando ele se dissipada no horizonte, ainda era possível ver que ele continuava lutando. Nunca desistia, mesmo sabendo que seria obscurecido. A fúria de viver ao máximo, viver apaixonado, mesmo sabendo que ela ainda nós leva ao inevitável fim. É a escolha mais comovente que alguém deve fazer. É a escolha que faço. Não escolho como minha jornada terminará. Mas, sim em viver a jornada, os momentos, a aventura, sentir a vida, tocar o amor é ver ele se materializar, a fúria!
É, eu termino esse devaneio, ao som de "Knocking on Heavens Door". E a letra dessa música, ilustra um pouco tudo. Menos lutas inglórias, menos certezas, menos armas, e sair mais vivo desta vida...