Adilson Marcos
Sem a tentativa para realizar nossos sonhos, sutilmente nos tornamos como os frustrados e pessimistas que tanto fugimos.
Sem a menor expectativa de amor, sutilmente nos tornamos como os desiludidos e amargos que tanto evitamos.
Sem a percepção de possíveis errantes, sutilmente nos tornamos promotores e juízes que tanto desprezamos.
Sem a noção realista do nosso valor, sutilmente nos tornamos como os irrelevantes e inertes, características que qualquer ser humano não deveria ter.
Não adianta a gente separar uma cadeira se a pessoa não tem a mínima intenção de ocupá-la.
Às vezes somos os culpados por nossas decepções, porque depositamos expectativas que vivem apenas em nossa imaginação. O que acontece é que nosso coração cansa, porque a sensação de utilidade só aparece quando existe um interesse terceiro. Pode até ser engano ou até mesmo uma ilusão aparente. Pode sim.
A verdade mesmo é que precisamos ocupar nossas mentes com as prioridades importantes em nossas vidas e deixar de dar relevância para quem nos escolhe quando não tem outras opções.
A diferença entre tentar e teimar são as raízes, os frutos e seus valores consequentes, porque quem aposta com dinheiro falso corre o risco de ser descoberto, mas quem aceita esse prêmio se contentou em ficar com o prejuízo.
Se um dia eu for o motivo das tuas lágrimas provavelmente deve ser de arrependimento dos momentos que foram desperdiçados ou de alguém especial que você está vendo partir, mas não porque eu causei uma ferida e uma dor que levou você a derramá-las.
Que o amanhã seja em sua maioria uma consequência dos planos que você sonhou e construiu, do que uma surpresa de acontecimentos aleatório e/ou indesejados
que você nunca fez nada para evitá-los ou mudá-los.