Adalberto Rodrigues
Metade do coração na terra e a outra no espaço, para que eu não perca o sentido de amar e nem a realidade de como é a dor de perder um amor.
E do que adianta todos esses contos de amor bem detalhados que vai além da própria realidade e fantasia? Como se o autor tivesse vivido vidas e vidas, tivesse amado o mais belo entre os seres? Balela, tudo passa de pura invenção. Quem sente realmente vai saber que o amor transparece um único substantivo feminino chamado liberdade.
Sempre tive o costume de colocar o despertador vinte minutos antes só pra eu ter um tempo pra fica olhando para o teto. Quem vê de fora pode achar que não é nada, preguiçá até, só que pra mim chega a ser tanta coisa que acabo me perdendo em alguma esquina da parte mais interessante do meu cérebro. Me peguei pensando o que aconteceu entre a gente, pensando se te deixo com a sua opinião de achar que sou uma pessoa sem caráter. Do que adianta me explicar, ou tentar mudar as palavras de um outro alguém que você escutou dizendo que eu supostamente falei? A tradicional brincadeira do telefone sem fio, falamos algo e de boca em boca chega no ouvido do outro totalmente distorcido. Essa é a pior brincadeira, que infelizmente não posso fazer com que as pessoas parem. E mesmo se eu resolvesse costurar meus lábios, já encontrei gente espalhando histórias que nem vivi por aí. Acho que o importante mesmo é estar com a consciência tranquila. Do que adianta se importar com o que os outros pensam? Sabe de uma coisa, deixa estar.
E se eu pudesse ter a chance de realizar um único pedido? Naquela lampada mágica que eu jurava ser especial. Não sei se pediria você em minha vida para sempre. Confesso, que já fiz esse pedido em outros amores eternos do passado, onde eu dizia que seria o certo e eu acabava descobrindo que de certo só na minha ilusão de achar que teria você só pra mim. Não mentirei, ficarei tranquilo, pois, a realidade se tranquiliza aqui dentro, como um ser sincero. Sabendo das suas consequência e sabendo que é preciso ser sábio para falar e para tomar determinadas atitudes. Eu apenas vou viver, viver o agora contigo. Segurar a tua mão, com o pensamento em vários tópicos e em você. Não é insegurança, é apenas certeza que o para sempre pode ter fim, pode durar até menos de vinte e quatro horas. Posso dizer que é medo de se machucar, é verdade. O amor tem fim, porém, quero ter a certeza que aquele amor valeu a pena e que o fim foi necessário, porque na vida nada é por acaso.
A distância ajuda a esquecer, mas não cura dessa tal doença que faz com que fiquemos noites e noites acordados com um longo período de dor, onde achamos que a morte seria a solução de tanto sofrimento, porém, quando a noite acaba percebemos que amor não nos mata e ficamos tristes da mesma maneira. Posso caracterizar como uma doença psicológica quando está no término de uma relação de meses, ou posso dizer de uma vida. Uma vida que já era destinada de sonhos, que estava no caminho de uma realidade.
Tento aprender em todos os momentos da vida, em tudo o que eu faço. E se aprendi um coisa em tudo isso, foi que não se deve colocar intensidade onde não tem nada. E eu achando que todo esse sentimento fosse real, percebi que em uma única noite que você não bastava de um zero sem sentido, onde toda vez que eu fosse me multiplicar com você não chegava em nenhum resultado. Percebi que eu era feliz sozinho. Não me arrependo de nada sobre esse amor, foi o primeiro e acho que vai ser o único e puro. Aquele que mesmo depois de anos, em uma esquina qualquer irei encontrá-lo e mesmo em um esquecimento ele irá ressurgir e irei lembrar de como te amei e de como te amo.
Sinto falta da inocência de antigamente, onde crianças acreditavam em Papai Noel ou a velha história da Cegonha. Lembro do tempo em que passava horas no karaokê ou brincando descalço na rua, onde empinava pipa ou brincava de pega se esconder e outros jogos que faziam passar o dia mais rápido. Era como se o amanhã não fosse tão importante. Aproveitava o dia de hoje, não tinha muita preocupação em saber se o dia de amanhã iria chover ou não, porque com ou sem chuva iria aproveitá-lo da mesma maneira.
Sinto falta de ver a inocência das crianças, das músicas bestas que me divertiam por horas em uma festa, de saber que as festas sempre acabariam cedo. Hoje em dia vejo barbaridades que muitos que realmente deveriam estar mais preocupados por serem mais velhos, simplesmente se acostumaram. Como sempre, se acostumam com tudo o que acontece. Crianças que hoje em dia cantam e dançam aquilo que eu na idade que tenho não tenho nem a coragem de dizer ou fazer. Crianças com a inocência perdida é o que eu vejo andando pelas ruas de adultos.
O que falar sobre o amor? Posso dizer que pouquíssimos amores eu tive, mas tem aquele que mesmo quando queremos esquecer, parece que é uma maneira de fazê-lo existir dentro de nós. Uma maneira negativa, porém não deixa de ser uma maneira.
Na maioria das vezes, posso dizer que um casal de namorados são dois inimigos e a única coisa que falta é tempo. Tempo para perceberem o quanto não se encaixam, se chocam tanto que no final das contas, ambos acabam quebrando alguma “peça” do outro.
Há casos em que a busca por um amor esteticamente perfeito vai tão além que muita gente não enxerga quem está em volta, quem realmente está querendo te amar. Não parece, mas é aquela tentativa de construir um sentimento que é poderoso. Não gosto dessas tentativas, aprendi na pele que criar um sentimento inexistente pode atrair graves consequências.
Pode parecer estranho, contudo nada melhor do que aquele amor que não se escolhe em quem vai acontecer, em quem irá acontecer. O bom de tudo é que, quando menos esperamos, já estamos amando, sem precisar de motivos
Tudo em branco. Realmente não sinto nada nem por você nem por ninguém. Parece que está tudo desligado, parece que meu cérebro está pedindo pra eu dar um tempo pra mim mesmo. Dei graças por está tudo desligado pelo menos agora posso descansar sem ter que me preocupar, sem ter essa troca de sentimentos e pensamentos que eu tinha antes. A vontade que eu tenho agora é de gritar. Pois percebi que só foi falar de você que descobri que estava errado.
Prefiro me arrepender de alguma coisa que eu fiz do que me arrepender de não ter feito absolutamente nada.
Não forçamos nada, com o tempo começamos a perceber que pertencíamos um ao outro sem tanto esforço, apenas amando um dia após o outro. E com a despedida, a saudade se estendia fazendo com que cada quilometro se tornasse uma esperança silenciosa a espera de uma saudade. Essa indiscutível necessidade física e psicológica em te ter presente, que mesmo ausente ele conseguia se fazer presente em minha mente.