A. Sampaio

Encontrados 6 pensamentos de A. Sampaio

⁠Deixe saudade…
Por onde passar, plantes bons frutos.
Quando estiver, esteja 100%.
O seu melhor hoje, talvez ainda não seja o que você deseja.
Mas, o seu melhor hoje é infinitamente melhor que o seu mais ou menos, que o seu talvez/ de qualquer jeito.
É certo que não estamos 100% todos os dias, contudo, podemos nos esforçar para dar o nosso melhor.
Todos os dias, quando for trabalhar, quando tiver que vivenciar experiências, mesmo que ainda não seja a realidade que você tanto quer, lembre-se disso: DÊ O SEU MELHOR.
Deixe saudade e as portas abertas, você nunca sabe o dia de amanhã!
Dê o seu melhor, independente do contexto!
Além das portas sempre abertas, talvez esse seu melhor te leve a lugares e a realidades que você nunca imaginou estar.

Inserida por ASAMPAIO

⁠Não me prometa amor eterno
Não faça planos para nós dois
Venha leve
Só com a roupa do corpo
Doses diárias de afeto
Que chegam de mansinho
Não diga que seremos felizes para sempre
Não quero assinar papel nenhum com nossos nomes
Quero café de coador
E toalha molhada em cima da cama
É pretensioso não ter pretensão nenhuma
É curioso não querer pensar no futuro
Não sei se vou envelhecer ao seu lado
Mas podemos plantar uma árvore juntos
Sem obrigação de dar frutos
Mas regaremos
Com todo cuidado
Talvez o amor chegue até nós
De mansinho
Sem fazer alarde
Talvez ele faça morada em nossos corações
O que vier será bem vindo
Bem vivido
Um dia de cada vez
Com o frescor dos inícios
Com a ousadia dos ímpios
E o tempo que conta tantas histórias
Poderá nos acompanhar na nossa
E se em algum momento
A gente se distanciar um do outro
Seguiremos por estradas distintas
Deixando pra trás o perfume
E os pequenos eternos momentos
Que vivemos juntos
Sem apego
Nem pesar
Porque amor é pra ser leve.

Inserida por ASAMPAIO

⁠A poesia acolhe
Recolhe
Faz brotar
Flor em ferida
E com o passar dos dias
Não fosse a poesia
A estrada dessa vida
Não seria mole
E não é!
Mas, talvez a poesia seja um jeito de fé.

Inserida por ASAMPAIO

⁠Um dia me perguntaram qual o conceito do amor ?
se seria possível defini-lo.
Por um instante parei, pensei e me calei.
De início traria um conceito elaborado em um soneto de Luís Vaz de Camões:
“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder”.
Não contente, busquei uma resposta no Soneto de Fidelidade do grande poeta e compositor Vinícius de Moraes: “quero vivê-lo em cada vão momento.”
Mas não era suficiente ainda para defini-lo.
Lembrei-me então da bela canção de Titãs: “porque eu sei que é amor, e eu não peço nada em troca.”
Claro que não poderia deixar de citar, Coríntios 13: 4-7: “o amor é paciente… Não maltrata… tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Percebi que na verdade, quem ousa a falar do amor e defini-lo se há tantas formas de amor e de se amar…
De tudo, ainda fico com um pequeno poema de autor desconhecido. Queres saber sobre o amor e ser amado? “Amo todas as coisas por isso, deixo-as livres, se voltarem é porque as conquistei, se não voltarem é porque nunca as tive…”
O amor não te aprisiona, o amor é livre…

Inserida por ASAMPAIO

⁠Está fazendo silêncio dentro de mim.
Eu ando calada, falando menos, contando as palavras, usando apenas as necessárias, economizando a voz e sinto que faz silêncio dentro de mim.
Poderiam dizer que é paz ou vazio, não penso que seja. É um momento sem respostas.
Tanto mudou em tão pouco tempo que nenhuma das afirmações de outrora servem pra agora.
Direi o que então? Que não sei como será o amanhã!? Que as certezas construídas, quando desconstruídas levam muito mais do que as respostas? Elas levam um pouco da gente que precisa se recompor.
O meu silêncio é semente. É o momento em que não dá pra ver que há uma vida nova surgindo, olhando de fora não dá pra imaginar que algo novo já vive ali, mas está lá.
Olho ao redor e vejo pouco do que via, olho no espelho e me questiono se dá pra ver em mim esse silêncio todo.
O meu silêncio é descanso, de tantas falas que viraram apenas vento. É descanso do quanto eu sempre pensei que deveria saber responder tudo.
As vezes as perguntas são muitas, em outros dias parece que as respostas existem aos montes, mas de fato há esse interregno em que perguntar não adianta, responder não faz sentido.
Não que eu não quisesse algumas respostas, não que eu tenha algumas perguntas, mas é que realmente não é possível entender se eu deveria as querer.
Então me deparo com uma nova realidade, que não acredito que dure muito, mas por enquanto, o que eu tenho é silêncio enfim.

Inserida por ASAMPAIO

⁠Aprendi que as maiores saudades são do não vivido.
Os ciclos que findaram, as alegrias vividas até o último centímetro, as pessoas que amamos até quando deu, deixam marcas, ficam as digitais em nós.
Ou não. Mas em mim a saudade que sinto é do que eu não vivi e jamais viverei. Todas as possibilidades que algumas escolhas determinaram que não poderiam ser.
Outras que eu nunca pude interferir pra que fosse diferente e nem o faria.
Mas preciso admitir que ao pensar sobre o que poderia ser, não sinto tristeza nem pesar. É saudades mesmo.
Saudade da parte que existe dentro de mim e em nenhum outro lugar poderá ser também, saudade do pedaço que só é real em um outro alguém, mesmo que nunca aconteça.
Saudades dos caminhos pelos quais não passarei pois me levariam a destinos que não fazem sentido pra mim.
Saudades de uma história não vivida, mas que teima em algum lugar da minha mente, surgir e me trazer justamente isso, saudade e que saudades.
Uma saudade que não mata, não entristece, mas não diminui, não some, não se dissolve e não me deixa.
Um sentimento teimoso, insistente, que escapa pelos dedos, entra pelas brechas e de repente se senta no sofá.
Faz companhia, mas faz ausência dentro da gente, faz morada, mas é tão solidão, faz forte e faz com que ser forte, seja a única opção.
É uma contradição capaz de explicar o que não é óbvio, inexplicado e inevitável.
Me questiono se há possibilidade de escolher não sentir, nem saudades, nem mais nada. Seria tão mais fácil não é mesmo!?
E aí essa saudade se senta ao meu lado pra dizer que não é simples viver, que não é opcional sentir e que ainda bem que ela está aqui, sinal de que ainda há sentimentos pra florescer.
Me contento em seguir sentindo essa teima, na esperança de que ela floresça em futuro e que um dia, esse jardim se torne apenas uma das estações em que a minha vida precisou parar, mas seguiu, assim que a saudades se transformou em lembranças.
Por enquanto eu insisto em seguir, ainda que com saudades, um dia de cada vez.

Inserida por ASAMPAIO