A Biblioteca da Meia-Noite (livro)
Uma pessoa é como uma cidade. Não se pode deixar que algumas áreas menos aprazíveis provoquem uma repulsa generalizada pelo todo. Pode ser que haja algumas partes das quais você não goste, umas ruas e uns bairros perigosos, mas as coisas boas fazem o todo valer a pena.
Se você tem como objetivo ser algo que não é, vai sempre fracassar. Tenha como objetivo ser você.
Nunca subestime a grande importância das coisas pequenas.
Precisamos ser somente uma pessoa.
Precisamos sentir apenas uma existência.
Não precisamos fazer tudo a fim de ser tudo, porque já somos infinitos. Enquanto estamos vivos, carregamos em nós um futuro de possibilidades multifacetadas.
Você não precisa entender a vida. Precisa apenas vivê-la.
É uma revelação e tanto descobrir que o lugar para onde você quis fugir é exatamente o mesmo lugar de onde fugiu. Que a prisão não era o lugar, mas a perspectiva.
A coisa que parece mais banal pode acabar sendo aquela que leva você à vitória. É preciso continuar.
Momentos felizes podem se transformar em dor, com o devido tempo.
As bibliotecárias sabem das coisas. Elas guiam você para os livros certos. Os mundos certos. Encontram os melhores lugares. Como ferramentas de busca com alma.
Ser humano é resumir o mundo continuamente em uma história compreensível que mantém as coisas simples.
Arrependimentos ignoram a cronologia. Eles flutuam.
Por que desejar outro universo se este tem cachorros?
Enquanto houver livros nas prateleiras, você nunca estará presa. Cada livro é uma chance de escapar.
Se tivesse feito apenas uma coisa de maneira diferente, você teria uma história de vida diferente.
Queria viver num mundo onde não existisse crueldade, mas os únicos mundos que tinha à sua disposição eram mundos com seres humanos dentro.
Não são as vidas que nos arrependemos de não termos vivido que são o problema de verdade. É o arrependimento em si. É o arrependimento que nos faz encolher, murchar e nos sentir como nosso pior inimigo, além de o pior inimigo das outras pessoas.
Amor, riso, medo e dor são moedas universais.
A vida é assustadora, e é assustadora por uma razão, e a razão é que não importa qual ramo de uma vida a gente vive, somos sempre a mesma árvore podre.
Há vidas em que você toma diferentes decisões. E essas decisões levam a resultados distintos. Se tivesse feito apenas uma coisa de maneira diferente, você teria uma história de vida diferente. E todas existem na Biblioteca da Meia-Noite. Todas são tão reais quanto esta vida.
Não há nada mais solitário do que o interior de sua própria mente.